Dispersão de sementes e densidade populacional de Psychotria nuda (Rubiceae) em fragmento urbano de Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas no sul do Brasil

Autores

  • Bianca Raboch Tierschnabel Univille
  • João Carlos Ferreira de Melo Júnior Universidade da Região de Joinville
  • Sidnei Silva Dornelles Univille

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2018v31n2p9

Resumo

O presente trabalho objetivou reconhecer os agentes dispersores de Psychotria nuda num fragmento de Floresta Atlântica e estimar a sua densidade populacional. A área de estudo compreende um fragmento de floresta ombrófila em estádio médio de regeneração. A densidade populacional foi estimada em área de 1 ha. O padrão de distribuição da espécie foi determinado pelo índice de Morisita. Vinte indivíduos adultos foram observados para determinação de dispersores e mais dez para avaliar a eficácia do tipo de dispersão mediante marcação de frutos e instalação de redes coletoras. Em 1 ha foram registrados 1.131 indivíduos. O índice de Morisita encontrado para a população foi de 1,317, sinalizando padrão agregado de distribuição. Os resultados obtidos para a dispersão mostraram que a barocoria é mais frequente que a zoocoria. Foi registrada apenas Tachyphonus coronatus (tiê-preto) como ave dispersora de P. nuda. Conclui-se que o padrão de distribuição agregado encontrado pode estar relacionado com a falta de um agente dispersor mais eficiente quando comparado à dispersão barocórica, o que justifica o padrão de distribuição agregado. Em termos populacionais, a espécie apresenta uma taxa balanceada entre recrutamento e morte de indivíduos, garantindo sua ocorrência no fragmento florestal.

 

Biografia do Autor

Bianca Raboch Tierschnabel, Univille

Graduação em andamento em Ciências Biológicas, na Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE.

João Carlos Ferreira de Melo Júnior, Universidade da Região de Joinville

Bacharel e Licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade da Região de Joinville (1999), especialista em Espaço, Sociedade e Meio Ambiente (2000) pela Unibem, Mestre em Botânica (2003), Doutor em Ecologia e Conservação pela Universidade Federal do Paraná (2015) e Pós-doutor pela Escola Nacional de Botânica Tropical do Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (2016). É professor titular da Universidade da Região de Joinville. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Morfologia Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: anatomia ecológica, morfologia funcional, anatomia da madeira, diversidade funcional, anatomia vegetal aplicada à paleoetnobotânica e etnobotânica, antracologia e anatomia aplicada à conservação patrimonial.

Sidnei Silva Dornelles, Univille

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1997) e mestrado (2000) e doutorado (2015) em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos. Atualmente é professor titular da Universidade da Região de Joinville. Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Biologia da Conservação, atuando principalmente nos seguintes temas: primatologia, mastozoologia, ecologia de estradas e educação ambiental na mata atlântica.

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Publicado

2018-05-24

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Artigos