Lesões oxidativas no DNA de glândulas digestivas de mexilhões Perna perna como indicadoras de estresse ambiental

Autores

  • Eduardo Alves de Almeida Departamento de Bioquímica, Instituto de Química - USP
  • Osmar Francisco Gomes Departamento de Bioquímica, Instituto de Química - USP
  • Afonso Celso Dias Bainy Departamento de Bioquímica - CCB/UFSC
  • Marisa Helena Gennari de Medeiros Departamento de Bioquímica, Instituto de Química - USP
  • Paolo Di Mascio Departamento de Bioquímica, Instituto de Química - USP

Resumo

Neste trabalho foram avaliados os níveis de lesões oxidativas em DNA (8-oxo-7,8-dihidro-2'-desoxiguanosina, 8-oxodGuo) de glândulas digestivas de mexilhões Perna perna expostos a diferentes metais por 24 horas, bem como de mexilhões de cultivo e de costão. Com isso, pretendeu-se avaliar a influência de fatores abióticos não controlados na produção desta lesão em mexilhões, a qual é amplamente utilizada como indicadora de ambientes contaminados. Mexilhões expostos ao chumbo e ao cádmio por 24 horas apresentaram maiores níveis 8-oxodGuo em relação ao grupo controle, e nenhuma diferença foi observada em relação aos animais expostos ao ferro, indicando que a contaminação por metais pode ocasionar um aumento nos níveis de 8-oxodGuo nestes organismos. Por outro lado, mexilhões de costa() apresentaram níveis significativamente maiores de 8-oxodGuo em relação aos animais de cultivo, provavelmente associado a um maior estresse em função das oscilações decorrentes do batimento de ondas e os ciclos de marés. Estes dados indicam que apesar da contaminação por metais ocasionar um aumento nos níveis de 8- oxodGuo em mexilhões, fatores ambientais não controlados podem influenciar nos resultados obtidos. Assim, para que este tipo de lesão possa ser usado como um indicativo de estresse, tais como a poluição marinha por metais, deve-se ter especial atenção às condições de coleta.

Biografia do Autor

Eduardo Alves de Almeida, Departamento de Bioquímica, Instituto de Química - USP

Possui Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina e Doutorado em Ciências Biológicas (Bioquímica) pela Universidade de São Paulo. Atualmente é professor assistente da Universidade Estadual Paulista - Júlio de Mesquita Filho.

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Osmar Francisco Gomes, Departamento de Bioquímica, Instituto de Química - USP

Bacharel em Química com Atribuições Tecnológica pela Universidade santa Cecília. Atualmente é técnico especializado em Bioquímica na Universidade de São Paulo.

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Afonso Celso Dias Bainy, Departamento de Bioquímica - CCB/UFSC

Graduou-se em Oceanografia Biológica pela Fundação Universidade Federal de Rio Grande, finalizou Mestrado em Ciências Biológicas (BIOQUÍMICA) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e concluiu o Doutorado em Ciências Biológicas (BIOQUÍMICA) pela Universidade de São Paulo em 1995.

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Marisa Helena Gennari de Medeiros, Departamento de Bioquímica, Instituto de Química - USP

Possui Graduação em Química pela Universidade de São Paulo, Mestrado em Ciências Biológicas (Bioquímica) pela Universidade de São Paulo e Doutorado em Ciências Biológicas (Bioquímica) pela Universidade de São Paulo. Atualmente é professor titular da Universidade de São Paulo.

Mais informações no Currículo Lattes.

Paolo Di Mascio, Departamento de Bioquímica, Instituto de Química - USP

Possui Graduação em Tecnologia Biomédica pela Université Catholique de Louvain, Graduação em Química Clínica pela Université Libre de Bruxelles (Couvreur- De Mot), Doutorado em Tecnologia Biomédica pela Universidade de Düsseldorf /Université Catholique de Louvain e Pós-Doutorado pela Universidade de São Paulo. Atualmente é professor titular da Universidade de São Paulo.

Mais informações no Currículo Lattes.

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Publicado

2004-01-01

Edição

Seção

Artigos