Insetos aquáticos bentônicos em ambientes florestados e não florestados em rios do Vale do Juruá

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2022.e90023

Palavras-chave:

Bioindicadores, Entomofauna, Limnologia, Macroinvertebrados, Qualidade Ambiental

Resumo

Ecossistemas de água doce têm sido constantemente ameaçados por estressores antropogênicos, exercendo pressão na estrutura da comunidade bentônica de insetos aquáticos. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo avaliar a diversidade de insetos aquáticos, ao longo de um gradiente de áreas florestadas e não florestadas, entre os períodos de seca e cheia em rios do Vale do Juruá. Foram coletados 657 indivíduos, 70,63% foram coletados durante o período da seca e 29,37% no período da cheia, distribuídos nas ordens Diptera, Ephemeroptera, Odonata e Trichoptera. A ordem Diptera apresentou maior abundância em relação aos outros táxons. Diferenças significativas entre os ambientes florestados e não florestados em ambos os períodos sazonais foram observadas com a diversidade e a equitabilidade maiores em ambientes florestados. A riqueza e a diversidade de famílias apresentaram relação com os teores de oxigênio dissolvido na água e a concentração de clorofila, nos ambientes florestados durante a seca, e todos os ambientes amostrados apresentaram o pH ligeiramente ácido, próximo à neutralidade. O estudo demonstrou uma grande abundância de organismos generalistas, que apresentam características adaptativas a mudanças negativas, mostrando assim que os impactos causados no local alteraram a composição dos insetos aquáticos.

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2022-11-28

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Artigos