Resposta morfoanatômica da folha de Podocarpus lambertii Klotzsch ex Endl (Podocarpaceae) implantado em duas áreas com diferentes graus de sucessão às margens do Reservatório Iraí – PR

Autores

  • Larissa De Bortolli Chiamolera Faculdades Integradas do Brasil
  • Alessandro Camargo Ângelo
  • Maria Regina Boeger

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2010v23n2p1

Resumo

Para que o processo de recuperação de uma área degradada ocorra de maneira satisfatória é imprescindível

o conhecimento da auto-ecologia das espécies arbóreas nativas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta
morfo-anatômica de Podocarpus lambertii após 18 meses de implantação em condições distintas de luminosidade
(área aberta e área de capoeira), considerando como fator de variação áreas com diferentes graus de sucessão nas
margens do Reservatório Irai - PR no momento de estabelecimento do experimento. Para isso foram avaliados aspectos morfológicos (área foliar, peso seco, área foliar específica, densidade estomática), anatômicos (espessuras de cutícula, epiderme adaxial, parênquima paliçádico, parênquima de transfusão, parênquima lacunoso, epiderme abaxial e espessura total) e desenvolvimento (altura, diâmetro e sobrevivência). Os resultados mostraram que P. lambertii apresentou diferença significativa para a área foliar (maior nos indivíduos da capoeira). Para a densidade estomática, espessura de cutícula, parênquimas paliçádico, lacunoso, espessura total, altura e diâmetro foram significativamente maiores para os indivíduos da área aberta. A taxa de sobrevivência foi semelhante para ambas as áreas. Então, P. lambertii, nas condições desse estudo, demonstrou ser capaz de se adaptar tanto a condições que apresentam maior ou menor disponibilidade de irradiância, porém, apresentando um desenvolvimento mais satisfatório em condições intermediárias de luz.

Biografia do Autor

Larissa De Bortolli Chiamolera, Faculdades Integradas do Brasil

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Paraná (2000), mestrado em Ciências Biológicas (Entomologia) pela Universidade Federal do Paraná (2003) e doutorado em Ciências Florestais pela Universidade Federal do Paraná (2008); é coordenadora e professora titular do curso de Ciências Biológicas das Faculdades Integradas do Brasil; professora dos cursos de Enfermagem, Biomedicina, Fisioterapia e Tecnólogo em Processos Químicos da Faculdade Educacional de Araucária. Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Sistemática e em Ecologia na área de Recuperação de Áreas Degradadas e anatomia ecológica atuando principalmente nos seguintes temas: educação, sistemática, comportamento de mudas florestais no campo.

Alessandro Camargo Ângelo

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (1994), mestrado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Paraná (1997) e doutorado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Paraná (2001). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Paraná. Tem experiência nas áreas de Silvicultura e de Ecologia, com ênfase em Ecologia de Ecossistemas, atuando principalmente nos seguintes temas: silvicultura de espécies nativas e exóticas, recuperacao de areas degradadas, recuperação de matas ciliares e ecofisiologia vegetal.

Maria Regina Boeger

Possui graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (1982), Mestrado em Ciências Biológicas (Botânica) pela Idaho State University (1988) e Doutorado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (2000). Em 2001, realizou o Pós-Doutorado na Idaho State University, USA. Atualmente é Professora Adjunto IV, do Departamento de Botânica da Universidade Federal do Paraná. Atua como orientadora nos Programas de Ecologia e Conservação (Mestrado e Doutorado) e Botânica (Mestrado). Tem experiência na área de Botânica, com ênfase nas estratégias morfológicas das plantas com relação aos fatores ambientais.

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Publicado

2010-04-08

Edição

Seção

Artigos