Crescimento, teor de óleo essencial e conteúdo de cumarina de plantas jovens de gauco (Mikania glomerata Sprengel) cultivadas sob malhas coloridas

Autores

  • Girlene Santos Souza Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Josè Eduardo Brasil Pereira Pinto Universidade Federal de Lavras
  • Maria Gorette Resende Fundação Ezequiel Dias
  • Suzan Kelly Vilela Bertolucci Universidade Federal de Lavras
  • Ângela Maria Soares Universidade Federal de Lavras
  • Evaristo Mauro Castro Universidade Federal de Lavras

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2011v24n3p1

Resumo

Mikania glomerata Sprengel é uma planta medicinal, largamente empregada na medicina popular, utilizada principalmente no tratamento de afecções respiratórias, que age dilatando os brônquios, sendo a cumarina uma das substâncias associadas a esse efeito. Por isso, entendimento do comportamento fisiológico dessa espécie e as suas respostas às condições do ambiente tornam-se necessários ao aperfeiçoamento dos métodos de cultivo. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do controle do espectro da luz, utilizando malhas coloridas, sobre o crescimento, teor de óleo essencial e cumarina em Mikania glomerata Sprengel. As plantas foram cultivadas por quatro meses sob malhas de 50% de sombreamento nas cores cinza, vermelha, azul, e a pleno sol (0%). O óleo essencial foi extraído das folhas secas por hidrodestilação em aparelho de Clevenger modificado.A identificação e a quantificação da cumarina foram realizadas por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE).Os resultados permitiram concluir que a malha azul proporcionou aumento no acúmulo de massa seca total e particionada da área foliar, enquanto que as plantas sob malha vermelha apresentaram maior alocação de matéria seca para as raízes. A menor quantidade de matéria seca foliar foi verificada nas plantas crescidas a pleno sol. Não foram observadas, entretanto, alterações na razão de peso foliar e na relação raiz/parte aérea. O teor de óleo essencial das plantas crescidas sob malha azul foi de 0,14%, o que correspondeu a um acréscimo de 142% em relação ao teor verificado nas plantas crescidas a pleno sol, enquanto que o conteúdo de cumarina não foi influenciado pela cor da malha. Tais resultados evidenciam que a luz pode ser modulada durante o cultivo a fim de se obter características morfológicas desejáveis e maximizar a produção de princípios ativos nessa espécie.

Biografia do Autor

Girlene Santos Souza, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal da Bahia (1999), Mestrado em Ciências (Energia Nuclear na Agricultura) pela Universidade de São Paulo (2003). Doutorado em Agronomia aréa de concentração Fisiologia Vegetal pela Universidade Federal de Lavras. Atualmente é professora Adjunta I I do Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (CCAAB/UFRB). Tem experiência na área de Fisiologia Vegetal, Morfo-Anatomia, atuando principalmente nos seguintes temas: fisiologia vegetal, anatomia comparada de fanerógams, anatomia floral, crescimento e desenvlvimento e propagação sexuada e assexuada de espécies medicinais

Josè Eduardo Brasil Pereira Pinto, Universidade Federal de Lavras

Graduação em Agronomia: UFLA 1978
Mestrado em Fisiologia Vegetal: Purdue University 1982
Doutorado em Fisiologia Vegetal: Purdue University 1984
Pós-Doutorado: Purdue University 1989 e 1990

Áreas de Atuação:

Cultura de Tecidos e Plantas Medicinais

Suzan Kelly Vilela Bertolucci, Universidade Federal de Lavras

Graduação em Farmácia: Univ. Metodista de Piracicaba 1997
Mestrado: Agronomia/ Agroquímica e Agrobioquímica: UFLA 2000
Doutorado: Ciências Farmacêuticas:UFMG 2009

Áreas de Atuação:

Plantas Medicinais
Fitoquímica quantitativa

Outras Informações:

LINHAS DE PESQUISA

> Metabólito secundário in vitro
> Fitoquímica quantitativa
> Processamento de plantas medicinais

Ângela Maria Soares, Universidade Federal de Lavras

possui graduação em Física Bacharelado pela Universidade Federal de Minas Gerais (1977), mestrado em Agrometeorologia pela Universidade de São Paulo (1980) e doutorado em Sciences de l Eau Et Aménagement - Universite de Montpellier II (Scien. et Tech Du Languedoc) (1987). Atualmente é professor associado 1 da Universidade Federal de Lavras. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Ecofisiologia Vegetal e Relações Hídricas de plantas, atuando principalmente nos seguintes temas: fluxos de água e CO2, respostas de plantas a condições adversas e vulnerabilidade dos ecossistemas as mudanças globais. Nos últimos anos tem participado de ações de divulgação científica e popularização da Ciência e Tecnologia, que gravitam em torno do Museu de História Natural da Universidade Federal de Lavras

Evaristo Mauro Castro, Universidade Federal de Lavras

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (1986), mestrado em Agronomia (Fisiologia Vegetal) pela Universidade Federal de Lavras (1995) e doutorado em Agronomia (Fitotecnia) pela Universidade Federal de Lavras (2002). Atualmente é professor Associado da Universidade Federal de Lavras. Tem experiência nas áreas de Botânica Estrutural, Fisiologia Vegetal, Anatomia Ecológica e Agronomia, com ênfase em Fitotecnia. Desenvolve atividades ligadas à Anatomia das Plantas em Diferentes Condições Ambientais, desenvolvendo análises em Anatomia Quantitativa, Anatomia Ecológica e Estrutura e Função de Órgãos Vegetativos nessa última área, é autor de um livro intitulado "Histologia Vegetal: Estrutura e Função de Órgãos Vegetativos

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Publicado

2011-05-23

Edição

Seção

Artigos