Morfologia e vascularização do baço de jacaré (Caiman crocodilus yacare – Daudin, 1802)

Autores

  • Rosangela Felipe Rodrigues Centro Universitário de Rio Preto
  • Alan Peres Ferraz de Melo Departamento de Anatomia - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Universidade de São Paulo
  • Raphaella Barbosa Meirelles Bertolli Medicina Veterinária da Universidade Federal de Goiás (UFG), Campus Avançado de Jataí - Unidade Jatobá

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2013v26n4p185

Resumo

O Caiman crocodilus yacare é encontrado do norte da Argentina até o sul da bacia Amazônica, ocorrendo principalmente no Pantanal. Sua alimentação consiste de peixes e outros vertebrados aquáticos e invertebrados, como caranguejos, caramujos e insetos. Seu comprimento pode chegar a 3 m e essa espécie é importante porque proporciona controle biológico de outras espécies animais, ao se alimentar de indivíduos fracos, velhos e doentes, incapazes de escapar de seu ataque. Foram utilizados 15 jacarés, machos e fêmeas jovens, empregando técnicas histológicas; técnicas de injeção com Neoprene látex 450 e acetato de vinila; e técnicas radiográficas para observar particularidades do baço nessa espécie. O órgão apresenta forma cônica, sendo mais espesso na sua extremidade cranial e afilando-se em sua extremidade caudal. O baço envolveu a artéria mesentérica cranial, que se dirigiu aos intestinos, desde sua origem na artéria celíaca até o seu terço médio, pelo parênquima lienal em todas as preparações. A irrigação do baço de jacaré foi originada da artéria celíaca, por meio de seu ramo, a artéria mesentérica cranial, a qual se ramificou em artérias lienais, somente no interior desse órgão. As veias lienais apresentaram-se como as veias lienais cranial, craniomedial, medial e caudal que drenam da cápsula lienal à região medular, passando pela região cortical e dirigindo-se à veia porta hepática. O baço de jacaré não apresentou correspondência entre as artérias e as veias responsáveis pela vascularização de um determinado território lienal, mas foram observadas artérias que irrigaram e veias que drenaram áreas particulares do parênquima lienal.

Biografia do Autor

Rosangela Felipe Rodrigues, Centro Universitário de Rio Preto

Possui graduação em Licenciatura Em Ciências 1º Grau pelo Fundação Educacional de Penápolis (1994) , graduação em Ciências - Habilitação em Biologia pela Universidade Ibirapuera (1997) , mestrado em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres pela Universidade de São Paulo (2002) e doutorado em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres pela Universidade de São Paulo (2005). Atualmente é Pós Doutoradanda da FMVZ-USP. Tem experiência na área de Anatomia Comparada e humana. 

Alan Peres Ferraz de Melo, Departamento de Anatomia - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Universidade de São Paulo

Raphaella Barbosa Meirelles Bertolli, Medicina Veterinária da Universidade Federal de Goiás (UFG), Campus Avançado de Jataí - Unidade Jatobá

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Publicado

2013-09-03

Edição

Seção

Artigos