Efeitos da urbanização nas características do habitat: quais são as respostas dos grupos funcionais de alimentação dos invertebrados aquáticos à alteração do habitat?

Autores

  • Jucimara Andreza Rigotti Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Pesquisas Hidráulicas http://orcid.org/0000-0003-0140-0324
  • Cesar Augusto Pompêo Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina
  • Alessandra Larissa d'Oliveira Fonseca Coordenadoria Especial de Oceanografia, UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2019v32n4p29

Resumo

A urbanização causa muitas alterações nas comunidades aquáticas. Sob ocupação urbana intensa, os rios sofrem as maiores modificações estruturais. O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos da urbanização nas características físicas e químicas do habitat e as respostas da urbanização nos grupos funcionais de alimentação (FFG) dos invertebrados. Parâmetros de qualidade da água (temperatura, condutividade, oxigênio dissolvido, pH, fósforo, clorofila-a, turbidez e matéria orgânica) e parâmetros do escoamento foram medidos em áreas pouco e altamente urbanizadas. Os FFG dos macroinvertebrados foram analisados e aplicados como substitutos de atributos do ecossistema. As diferenças na comunidade dos macroinvertebrados entre as áreas pouco e altamente urbanizadas foram avaliadas pelo escalonamento multidimensional não-métrico (nMDS) e pela análise de variância permutacional multivariada (Permanova). No nMDS foram observadas diferenças entre as áreas pouco e altamente urbanizadas. A Permanova mostrou diferença significativa entre os grupos do nMDS. As áreas pouco urbanizadas apresentaram maior riqueza em cada FFG, por outro lado, as áreas altamente urbanizadas apresentaram maiores valores de abundância de organismos coletores e predadores. Assim, a composição dos FFG respondeu às alterações no habitat que foram representadas pelos parâmetros de qualidade da água e do escoamento.

Biografia do Autor

Jucimara Andreza Rigotti, Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Pesquisas Hidráulicas

Instituto de Pesquisas Hidráulicas

Laboratório de Ecotecnologia e Limnologia

Cesar Augusto Pompêo, Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina

Graduação em Engenharia Civil pela Escola de Engenharia de São Carlos (1978), mestrado (1983) e doutorado (1990) em Engenharia Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo. Professor Titular da Universidade Federal de Santa Catarina. Ação de pesquisa e extensão no campo da Gestão de Recursos Hídricos, com temas de planejamento participativo em bacias hidrográficas, participação comunitária e educação ambiental, e gestão da drenagem urbana.

Alessandra Larissa d'Oliveira Fonseca, Coordenadoria Especial de Oceanografia, UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina

Doutora em Oceanografia Quimica e Geologica pela Universidade de São Paulo (2004). Professora Associada da Coordenadoria Especial em Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina, vinculada aos Cursos de Graduação em Oceanografia e de Pós-Graduação em Geografia e Oceanografia. Desenvolveu Pós-Doutorado na Louisiana State University, Wetland Biogeochemistry Laboratory, em 2013-2014. Tem como linhas de pesquisa a poluição marinha, com o foco à eutrofização e ao impacto gerado pelo lixo, os processos biogeoquímicos na interface terra-mar e a educação ambiental. Participa do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Transferência de Material na Interface Continente-Oceano (INCT-TMCOcean) e da Rede de Monitoramento de Habitats Bentônicos Costeiros (ReBentos). As atividades de extensão estão voltadas para a capacitação de professores da rede pública em educação ambiental marinho-costeira. Mãe de duas filhas, nascidas em 1996 e 1998, período em que não havia direito à licença maternidade na Pós-Graduação.

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Publicado

2019-12-12

Edição

Seção

Artigos