Ocorrência de oocistos de Cryptosporidium spp. na água destinada a manutenção dos peixes-boi marinhos (Trichechus manatus) em cativeiro

Autores

  • João Carlos Gomes Borges Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária – UFRPE
  • Leucio Câmara Alves Laboratório de Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos – UFRPE
  • Maria Aparecida da Gloria Faustino Laboratório de Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos – UFRPE
  • Jeane Kury Nobre Gomes Fundação Mamíferos Aquáticos
  • Régis Pinto de Lima Centro Mamíferos Aquáticos/IBAMA

Resumo

A finalidade da pesquisa foi verificar a ocorrência de oocistos de Cryptosporidium spp. na água de consumo e abastecimento das piscinas destinadas aos peixes-boi marinhos (Trichechus manatus) em cativeiro. Para tanto, foram coletadas seis amostras de água, provenientes do ponto de abastecimento das piscinas (praia), água destinada ao consumo dos animais, água mineral utilizada na formulação da dieta láctea ofertada aos filhotes órfãos e das piscinas destinadas a manutenção permanente, reabilitação com filhotes de idade superior a dois anos e reabilitação com filhotes de idade inferior a dois anos. Antes das amostras serem processadas, estas foram submetidas ao processo de filtração. Posteriormente o diagnóstico do parasito foi realizado pela técnica de Kinyoun e as amostras positivas foram submetidas ao Teste de Imunofluorescência Direta. Os resultados revelaram a presença de oocistos de Cryptosporidium spp. em 66,67% (4/6) das amostras, correspondendo à água proveniente do ponto de abastecimento dos recintos e das piscinas, sendo encontrados de oito a 56 oocistos/litro. Os resultados evidenciaram que a água destinada à manutenção dos peixes-boi marinhos pode ser um meio importante na transmissão hídrica de Cryptosporidium spp. predispondo a ocorrência da criptosporidiose
em peixes-boi marinhos em cativeiro.

Biografia do Autor

João Carlos Gomes Borges, Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária – UFRPE

Possui Graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco e Mestrado em Ciência Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Atualmente é coordenador do Projeto Peixe-Boi Marinho/FMA, conselheiro do Conselho Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco e representante técnico da Fundação Mamíferos Aquáticos na Rede de Encalhes de Mamíferos Aquáticos do Nordeste (REMANE).

Mais informações no Currículo Lattes.

Leucio Câmara Alves, Laboratório de Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos – UFRPE

Possui Graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, Mestrado em Epidemiologia Experimental Aplicada Às Zoonoses pela Universidade de São Paulo e Doutorado em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Pós-doutor pela Universidade da Georgia, EUA em Parasitologia e em Biologia Molecular. Atualmente é professor associado da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

Mais informações no Currículo Lattes.

Maria Aparecida da Gloria Faustino, Laboratório de Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos – UFRPE

Possui Graduação em Medicina Veterinaria pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Mestrado em Medicina Veterinária (Parasitologia Veterinária) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e Doutorado em Medicina Veterinária (Parasitologia Veterinária) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Atualmente é professor associado III da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

Mais informações no Currículo Lattes.

Jeane Kury Nobre Gomes, Fundação Mamíferos Aquáticos

Possui Graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual do Ceará e Graduação em Engenharia de Pesca pela Universidade Federal do Ceará. Fez especialização em Oceanografia Biológica pela Universidade Federal de Pernambuco.

Mais informações no Currículo Lattes.

Régis Pinto de Lima, Centro Mamíferos Aquáticos/IBAMA

Possui Graduação em Oceanologia pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande, Mestrado e Doutorado em Oceanografia pela Universidade Federal de Pernambuco.

Mais informações no Currículo Lattes.

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Publicado

2007-01-01

Edição

Seção

Artigos