Plantas medicinais brasileiras usadas pelo Dr. João Ferreyra da Rosa na “Constituição Pestilencial de Pernambuco” no fi nal do século XVII

Autores

  • Argus Vasconcelos de Almeida Universidade Federal de Pernambuco Departamento de Biologia da UFRPE
  • Cláudio Augusto Gomes da Câmara Universidade Federal Rural de Pernambuco. Departamento de Química da UFRPE
  • Érika Alves Tavares Marques Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2008v21n4p39

Resumo

O “Tratado Único da Constituição Pestilencial de Pernambuco” de João Ferreyra da Rosa, publicado em 1694, foi o primeiro documento sobre a febre amarela, seus sintomas, tratamento e fitoterapia utilizada na época. Rosa descreveu uma centena de plantas medicinais aplicadas no combate à epidemia, destas, grande parte já vinha preparada do Reino, pois os médicos portugueses, em sua grande maioria, rejeitavam os conhecimentos fitoterápicos indígenas. Só mais tarde, devido à duração da viagem marítima e possível perda da eficácia dos princípios ativos, devido à sua degradação pela ação de altas temperaturas, umidade e forma de acondicionamento inadequada dos produtos fitoterápicos, é que esses médicos foram obrigados a adotar as plantas medicinais nativas na sua terapêutica. Dessa forma, as plantas medicinais brasileiras empregadas no tratamento da primeira epidemia de febre amarela no Brasil (século XVII) foram atualizadas do ponto de vista taxonômico fazendo-se comparações com as empregadas atualmente pela medicina popular para outros fi ns terapêuticos. Como resultado, no tratamento fitoterápico para debelar a febre amarela, no final do Séc XVII, Rosa fez uso das plantas medicinais brasileiras: copaíba, macela, maracujá-mirim, aroeira-vermelha, angelicó e almécega.

Biografia do Autor

Argus Vasconcelos de Almeida, Universidade Federal de Pernambuco Departamento de Biologia da UFRPE

 

Possui graduação em Bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Pernambuco (1975), graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Pernambuco (1977), mestrado em Agronomia (Fitossanidade) pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1982) e doutorado em Psicologia Cognitiva pela Universidade Federal de Pernambuco (2007). Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Entomologia, atuando principalmente nos seguintes temas: história da biologia, entomologia, livro didático de biologia, história da ciência e história natural do Brasil holandês.

Certificado pelo autor em 19/01/11

Cláudio Augusto Gomes da Câmara, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Departamento de Química da UFRPE

Graduado em Licenciatura Plena em Ciências com Habilitação em Química pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Mestre e doutor em Química pela Universidade Federal do Ceará e Universidade Estadual de Campinas, respectivamente. Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Tem experiência na área de Química orgânica com ênfase em Química de Produtos Naturais, desenvolvendo pesquisa referente ao isolamento e caracterização de constituintes químicos fíxos e voláteis com atividade biológica da flora Nordestina, em especial do bioma pernambucano. Tem interesse na área de ensino de ciências, história da Química e ensino de Química.Certificado pelo autor em 26/08/11

Érika Alves Tavares Marques, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

Curso de Graduação em Ciências Biológicas
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

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Publicado

2008-01-01

Edição

Seção

Artigos