A Mata Atlântica cede lugar a outros usos da terra em Santa Catarina, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7925.2010v23n2p51Resumo
Os pedidos de supressão de vegetação nativa disponíveis na Fundação de Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina foram avaliados com o objetivo de conhecer o perfil dos solicitantes, as motivações para a solicitação e as características metodológicas do inventário florestal apresentado. Foram levantadas 1.753 solicitações em 11 coordenadorias. Os resultados mostram que 71% dos pedidos foram de pessoas físicas, onde o uso econômico alternativo do solo foi a principal justificativa. O reflorestamento com espécies exóticas foi a maior demanda (43%), representando uma área de 22.000ha. Em 95% dos processos foi utilizada a amostragem aleatória simples, com unidades amostrais do tipo área fixa, onde 200m2 foi a dimensão mais frequente. Houve grande diferença nos critérios nos levantamentos realizados no meio rural e no meio urbano e, em 46% dos inventários, a relação das espécies apresentadas é discordante da flora característica do estádio sucessional em que a vegetação foi classificada. Os resultados indicam a necessidade de um normatização para a amostragem da vegetação e de uma capacitação e formação continuada dos profissionais que o fazem. Revelam ainda a necessidade imediata de uma política de valorização dos remanescentes florestais nativos.
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