Ecofisiologia de duas espécies tropicais em uma plantação abandonada de eucalipto: efeito da remoção da serapilheira e sazonalidade
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7925.2015v28n2p27Resumo
O efeito da remoção da serapilheira sobre as variáveis do processo fotossintético (trocas gasosas, fluorescência da clorofila a, e conteúdo de pigmentos fotossintéticos) das espécies tropicais Xylopia sericea A. St.-Hil. e Siparuna guianensis Aubl. foi avaliado em um plantio abandonado de eucalipto (Corymbia citriodora (Hook.) K.D.Hill & L.A.S.Johnson (Myrtaceae)) durante os períodos chuvoso e seco, após 5 anos de remoção da serapilheira, na Reserva Biológica União, Rio de Janeiro, Brasil. A remoção da serapilheira não influenciou as respostas ecofisiológicas das espécies. Entretanto, significativa variação sazonal foi verificada. Durante o período seco, a concentração intercelular de CO2 (Ci ), a transpiração (E), e a condutância estomática (gs ) apresentaram redução nos valores, enquanto a eficiência intrínseca no uso da água (EIUA), a dissipação não-fotoquímica (NPQ) e os carotenoides aumentaram, resultado que sugere uma estratégia protetora contra estresse. No entanto, os valores de Fv /Fm (rendimento quântico máximo) e Fm /Fo (taxa de rendimento da fluorescência pelos estados aberto e fechado) indicam que, mesmo durante o período seco, não houve redução fotoquímica nas espécies. Apenas S. guianensis apresentou redução nos valores da taxa de fotossíntese líquida (A) durante o período seco. Os dados sugerem que X. sericea é fotossinteticamente mais eficiente sob condições de baixa disponibilidade de água e que a remoção da serapilheira por um período de 5 anos não promove diferenças nos processos ecofisiológicos das espécies analisadas.
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