Determinação da metodologia para o teste de germinação de sementes de Eucalyptus urophylla S. T. Blake (Myrtaceae)

Autores

  • Tatiane Sanches Jeromini UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" - FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS - CAMPUS DE JABOTICABAL
  • Thais Arroyo da Cruz Auxiliar de laboratório, Ourofino Agrociência.
  • Thaís Soares Pereira UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" - FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS - CAMPUS DE JABOTICABAL
  • Givanildo Zildo da Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, REGIONAL DE JATAÍ
  • Cibele Chalita Martins UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" - FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS - CAMPUS DE JABOTICABAL

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2020.e70268

Resumo

Eucalyptus urophylla S. T. Blake é uma das principais espécies de eucaliptos cultivadas. Entretanto, não existem recomendações para o teste padrão de germinação de E. urophylla. Assim, o objetivo foi determinar a melhor metodologia para a condução do teste de germinação de sementes de E. urophylla. O experimento foi dividido em duas etapas. Na primeira, foram testados dois substratos (sobre papel mata-borrão e areia) e seis temperaturas (constantes de 15, 20, 25, 30, 35ºC e alternada de 20-30ºC, entre noite e dia, respectivamente) na condução do teste de germinação. Na segunda etapa, foi selecionado o substrato mais indicado no experimento anterior e testado em dois lotes, nas seis temperaturas citadas anteriormente. Foram avaliadas a germinação, primeira contagem, índice de velocidade e tempo médio de germinação. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições e os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial de 2 x 6 para ambas as etapas. Na comparação da germinação entre os lotes, observou-se que o lote 1 apresentou menor desempenho do que o lote 2 nas condições de temperaturas extremas. O teste de germinação de sementes de E. urophylla deve ser realizado a 30 ou 35°C com semeadura sobre papel ou areia, e com contagem inicial e final aos quatro e 10 dias após a semeadura, respectivamente. Com base nesta pesquisa, mais testes podem ser realizados, para outros lotes e sementes de E. urophylla de outras procedências, para garantir a confirmação dos resultados.

Biografia do Autor

Tatiane Sanches Jeromini, UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" - FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS - CAMPUS DE JABOTICABAL

Doutoranda no programa de Pós-Graduação em Agronomia (Produção Vegetal) - CNPq, na Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Campus de Jaboticabal, SP. Ministrou aulas na disciplina de Cultura de plantas leguminosas, fibrosas e heveicultura. Possui Mestrado em Agronomia (Produção Vegetal) -CNPq, pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", campus de Jaboticabal, SP (2017) com desenvolvimento de pesquisas com gramíneas forrageiras tropicais. Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS (2015), onde foi bolsista de Iniciação Científica durante o período de 2010-2014 atuando na área de Fisiologia Vegetal. Realizou graduação sanduíche, pelo Programa MARCA, na Universidad Nacional de Tucumán, Campus de Ciências Agrarias de San Miguel de Tucumán,Argentina. Atualmente atua na área de Fitotecnia,nos seguintes temas: Produção e Tecnologia de Sementes e Mudas.

Thais Arroyo da Cruz, Auxiliar de laboratório, Ourofino Agrociência.

Graduação em Engenharia Agronômica pela UNESP- Campus de Jaboticabal. Experiência na área de pesquisa, desenvolvimento e estudos oficiais de inseticidas, fungicidas, herbicidas e fertilizantes. Conhecimento em criação de insetos e cultivo de fungos. Atualmente é auxiliar de labortório na Ourofino Agrociência.

Thaís Soares Pereira, UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" - FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS - CAMPUS DE JABOTICABAL

Mestranda em Agronomia (Produção Vegetal) - Tecnologia e Produção de Sementes, na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). Engenheira Agrônoma formada pela Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA, Campus Paragominas/PA. Ex-bolsista CAPES do Programa Ciência sem Fronteiras, estudou na Universidade do Arkansas nos Estados Unidos no período de Agostos de 2014 a Dezembro de 2015. Foi estagiária no Laboratório de Agroecologia da UC-Davis nos meses de Maio a Agosto de 2015. Integrante do Núcleo de Pesquisa Vegetal Básica e Aplicada (NPVBA) da Universidade Federal Rural da Amazônia de Julho de 2012 a Junho de 2017.

Givanildo Zildo da Silva, UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, REGIONAL DE JATAÍ

Possui graduação em Engenharia Agronômica e mestrado em Agricultura Tropical pela Universidade Federal da Paraíba onde atuou na área de Produção e Tecnologia de Sementes com ênfase principalmente em espécies nativas da Caatinga. É doutor pelo Programa de Produção Vegetal da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Campus de Jaboticabal. Atualmente é Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação (com orientação e co-orientação a nível de Mestrado) em Agronomia e bolsista de pós-doutorado PNPD/CAPES na Universidade Federal de Goiás Regional de Jataí. Atua principalmente nos seguintes temas: análise de sementes grandes culturas, florestais e frutíferas, fisiologia do estresse, armazenamento, sanidade, anatomia, morfologia, dormência e vigor de sementes.

Cibele Chalita Martins, UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" - FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS - CAMPUS DE JABOTICABAL

Professora Livre-docente de Produção e Tecnologia de Sementes do curso de Graduação e Pós-graduação em Agronomia (Produção Vegetal) da FCAV-UNESP, Campus de Jaboticabal. Possui doutorado em Agronomia na área de Fitotecnia (sementes) pela ESALQ-USP (1996); mestrado em Agronomia na área de Produção e Tecnologia de Sementes pela FCAV-UNESP (1993) e graduação em Engenharia Agronômica FCAV-UNESP (1987). Realiza e orienta pesquisas na área de Produção, Beneficiamento e Análise de Sementes com ênfase em culturas agrícolas, gramíneas forrageiras e espécies florestais. Inserção internacional por meio de publicações de artigos em revistas internacionais, parcerias de pesquisa com Dr. Chad D. Lee e Dr. David Hildebrand, Department of Plant and Soil Science, Lexington, KY, USA em estudos sobre qualidade fisiológica, química e enzimática de sementes e parcerias de pesquisa com a Profa. Dra. Maria Alexandra Perez e Profa. Dra. Camila Illa, Universidad Nacional de Córdoba (UNC), Facultad de Ciencias Agropecuarias, Argentina em estudos sobre patologia de sementes de gramíneas forrageiras.

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Publicado

2020-05-25

Edição

Seção

Artigos