Educação, narrativa e experiência

Autores

  • Eloiza Gurgel Pires Professora do Instituto de Artes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro UERJ

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8951.2014v15n106p5

Resumo

Contrapondo-se ao saber científico e a um empobrecimento cultural gerado pelo conhecimento instrumental, homogeneizante já nas primeiras décadas do século XX, Walter Benjamin alertava para a importância da experiência narrativa como condição da historicidade do ser humano. De acordo com esse autor, a dificuldade de intercambiar experiências e, consequentemente, o declínio da arte de narrar no mundo moderno, alteraram os modos de sentir e de saber do sujeito em formação. Este tem sua experiência subtraída pelo tempo linear esvaziado de sentido, homogêneo e cronológico, pelo acúmulo de informações e saberes, pelo bombardeio das “novidades” geradas nos meios comunicativos e por uma ação formadora, fundada no pensamento empírico-técnico. Este artigo discute o declínio da experiência e o desaparecimento da narrativa tradicional, retomando os limiares benjaminianos nos escritos e nos espaços de errâncias, que condensam o pensamento do filósofo em torno do processo de modernidade e suas implicações no campo educativo. 

Biografia do Autor

Eloiza Gurgel Pires, Professora do Instituto de Artes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro UERJ

É artista visual; pesquisadora e doutora em educação pela Universidade de Brasília UnB. Atualmente é professora do Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ. No trânsito indisciplinado por diferentes campos, suas pesquisas e publicações discutem as relações existentes entre os processos culturais da contemporaneidade e a educação a partir das poéticas urbanas; do binômio história/memória; da arte e das linguagens midiáticas, especialmente das linguagens audiovisuais.

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Publicado

2014-07-24

Edição

Seção

Artigos