Concepções de rede e estratégia na atenção psicossocial: diferenças, contradição e (inter)conexões

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Maico Fernando Costa

Resumo

Propomos com este trabalho um diálogo sobre a interface Rede e Estratégia na Atenção Psicossocial, no tocante as práticas de escuta aos sujeitos do sofrimento. Perguntamos se nos é válido atuar sob as proposições de Rede, ou de Estratégia na Atenção Psicossocial. Esse será o nosso ponto de partida para problematização dos Modos de Produção que operam nesses conceitos, e, o conflito entre os paradigmas que norteiam as práticas de trabalho neste contexto. É devida a fundamental clareza paradigmática, para que possamos apreender os efeitos de nossas participações como trabalhadores nos processos de saúde-adoecimento-Atenção no campo da Saúde Mental Coletiva. As legislações regulamentadas nos fornecem subsídio para uma prática de Atenção, não tão alienante junto aos sujeitos em seus impasses psíquicos. Assim, é de extrema urgência que levantemos algumas lebres desses textos que versam sobre as Redes, como forma de ultrapassar os protocolos, sem deixarmos é claro de nos servir deles. A ideia de Rede na Saúde Mental e no campo da Saúde como um todo, legitimada nos textos acadêmicos, deriva de uma inscrição regulada em normativas, artigos e incisos pelo Estado; sinaliza o que está dado, e, a rigor, está em execução, é fortuita para que possamos agir com as táticas que derivam da Estratégia Atenção Psicossocial. Na construção de dispositivos que se operacionalizarão dos buracos deixados pelo Paradigma Hospitalocêntrico Medicalizador, a Ética do Sujeito do Inconsciente principia assegurar um indivíduo (mais o inconsciente) capaz de criar vínculos múltiplos, a partir da implicação subjetiva e sociocultural no território.

Detalhes do artigo

Como Citar
COSTA, Maico Fernando. Concepções de rede e estratégia na atenção psicossocial: diferenças, contradição e (inter)conexões. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health, [S. l.], v. 9, n. 22, p. 98–112, 2017. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/69023. Acesso em: 27 abr. 2024.
Seção
Artigos de opinião
Biografia do Autor

Maico Fernando Costa, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - Câmpus de Assis

Graduado em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - FCL/Unesp, Assis, SP. No período de graduação atuou em estágios no campo da Saúde Mental Pública Coletiva na perspectiva da Atenção Psicossocial. Aprimoramento pelo Programa de Aprimoramento Profissional em Saúde Mental e Saúde Pública do Departamento Regional de Saúde (DRS) IX - Marília/SP. Foi  psicólogo no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) no município de Echaporã/SP, no ano de 2014. Integrante do Laboratório Transdisciplinar de Intercessão-Pesquisa em Processos de Subjetivação e Subjetividadessaúde - associado ao Grupo de Pesquisa Saúde Mental e Saúde Coletiva, inscrito no diretório de grupos do CNPq, à Linha de pesquisa Subjetividade e Saúde Coletiva do curso de Pós-Graduação Psicologia e Sociedade, (UNESP - campus de Assis). Mestrando no curso de Pós-Graduação Psicologia e Sociedade pela UNESP - Câmpus Assis. Tem interesse no campo de estudos da Psicanálise de Freud e Lacan, Filosofia da Diferença, Materialismo Histórico e Análise Institucional.