Narrativa e novas formas de cuidado em saúde mental
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Resumo
O presente estudo tem como finalidade investigar o potencial da narrativa enquanto instrumento de intervenção psicossocial capaz de suscitar processos terapêuticos em um grupo de adolescentes do CAPSI do município de Cuiabá – MT. As análise desenvolvidas apoiam-se na Teoria Histórico-Cultural – de acordo com Vigotski (2009; 2010a, 2010b), Prestes (2010) e Molon (1999; 2000; 2011), além das contribuições de Aguiar & Ozella (2006) - e a Teoria das Representações Sociais, segundo Jodelet (2001), Jovchelovitch (2008), Moscovici (2003) e Nóbrega (2001), sendo privilegiada a abordagem Ontogenética das Representações Sociais, conforme Duveen e Lloyd (2008). O estudo também se fundamenta nas contribuições teóricas de Bruner (1997; 2001; 2002) sobre a narrativa, além das considerações de Jovchelovitch & Bauer (2002). A noção de espaço narrativo proposta por Sennett (1990) citado por Andrade (2006) permite pensar a importância da significação do espaço ao longo do processo terapêutico. Tal articulação teórica é proposta no sentido de auxiliar na compreensão da narrativa enquanto um instrumento psicológico de mediação e de promoção de aprendizagem e desenvolvimento, assim como norteou as ações realizadas junto aos adolescentes usuários da referida unidade de saúde. A abordagem metodológica adotada, incialmente baseou-se na técnica de observação participante que, posteriormente, orientou a realização de oficinas socioafetivas que privilegiou a narrativa e a ludicidade enquanto instrumentos de intervenção.
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