Loucura e imaginário social na literatura brasileira: passagem do século XIX para o século XX

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Leandra Brasil da Cruz
http://orcid.org/0000-0002-7235-7880

Resumo

O presente artigo tem como principal objetivo analisar o imaginário social sobre a loucura a partir das produções literárias de autores brasileiros do final do século XIX e início do século XX. O período escolhido para realização deste artigo deve-se ao fato de ter sido cenário do advento do alienismo no Brasil, com a criação do primeiro hospício brasileiro e da primeira lei de assistência aos alienados, o que revela um processo de transição da visão mística e religiosa em relação à loucura para uma visão científica. É neste contexto que se destacam as obras de Machado de Assis, Olavo Bilac e Lima Barreto que foram selecionadas para análise, que têm em comum o tema da loucura e questões afins. Sob o aspecto metodológico a pesquisa teve como base fundamental o referencial teórico da sociologia compreensiva, proposta por Michel Maffesoli, particularmente na noção de imaginário social, a partir de uma crítica ao modelo dominante da produção de conhecimento. Concluiu-se, em consonância com Antonio Candido, ser evidente a importância da literatura, assim como de outras formas de arte e cultura, para compreender o imaginário social de uma época sobre os temas em questão, da mesma forma em que a própria literatura contribui para produzi-los.

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Como Citar
CRUZ, Leandra Brasil da. Loucura e imaginário social na literatura brasileira: passagem do século XIX para o século XX. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health, [S. l.], v. 9, n. 22, p. 01–28, 2017. DOI: 10.5007/cbsm.v9i22.69238. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/69238. Acesso em: 19 abr. 2024.
Seção
Artigos originais
Biografia do Autor

Leandra Brasil da Cruz, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial - Departamento de Direitos Humanos, Saúde e Diversidade Cultural - Escola Nacional de Saude Pública Sergio Arouca - Fundação Oswaldo Cruz