Recovery como estratégia para avançar a Reforma Psiquiátrica no Brasil

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Mark Napoli Costa

Resumo

O movimento recovery tem dois princípios fundamentais: que pessoas com um transtorno mental (independente da severidade) podem viver uma vida produtiva, mesmo enquanto manifestando sintomas, e que muitos vão recuperar do seu transtorno mental. O conceito de estar em recovery que passou a ser utilizado largamente pelas pessoas com um transtorno mental (presente ou passado) mais recentemente, foi introduzido, de fato, pelo movimento dos ex-pacientes na década de 70, interessados na discussão de estratégias para permitir que pessoas com uma experiência de vida pessoal de um transtorno mental pudessem viver uma vida digna, autônoma, e em segurança, independente da intensidade e recorrência destas experiências.A Organização Mundial de Saúde adotou o conceito de recovery como uma estratégia para o avanço da saúde mental no mundo. A visão do Plano de Ação em Saúde Mental 2013 – 2020 da Organização Mundial de Saúde é um mundo em que a “(...) saúde mental é valorizada, promovida e protegida, (...) e que pessoas afetadas com estes transtornos são capazes de exercitar a plenitude dos direitos humanos e de acessar (...) cuidado social e de saúde de maneira oportuna para promover recovery, para atingir o nível mais alto de saúde possível e participar plenamente na sociedade e no trabalho, livre de estigma e discriminação” Uma das práticas do recovery é a incoporação de pessoas com história de transtorno mental para trabalhar junto aos usuários – o suporte de pares. Esta é uma prática sustentada pela OMS e poderia ajudar a avançar a Reforma Psiquiátrica no Brasil.

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Como Citar
COSTA, Mark Napoli. Recovery como estratégia para avançar a Reforma Psiquiátrica no Brasil. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health, [S. l.], v. 9, n. 21, p. 01–16, 2017. DOI: 10.5007/cbsm.v9i21.69532. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/69532. Acesso em: 19 abr. 2024.
Seção
Artigos originais