Do ninho do gozo ao ninho do cuidado: Corpo, teatro e saúde mental
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Resumo
A mudança de paradigma com a reforma psiquiátrica e a política de redução de danos ocorre na medida em que o cuidado não se concentra na busca pela cura ou pela estabilização do paciente, mas quando vai além e articula a problematização da criação de vida, da sociabilidade e da utilização dos espaços coletivos. Objetiva-se através deste trabalho expor um relato de experiência sobre a vivência em um grupo de teatro de usuários de um Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e outras Drogas (CAPS-AD) na cidade de Macapá, capital do Amapá. Descreve-se de forma breve através de pesquisa qualitativa um recorte sobre como o teatro e práticas de sensibilização e expressão corporal podem denunciar as possíveis relações de poder inscritas no corpo de usuários que estão inseridos em contextos sociais distintos, podem ajudar a horizontalizar a relação entre técnico e usuário, bem como proporcionar a ressignificação de estigmas através do fortalecimento coletivo de subjetividades e apropriação do território. Trata-se de um recurso que contribui para a emancipação e construção de uma atenção em saúde coletiva que subverte o difícil contexto de efetivação da política de saúde mental no Estado do Amapá.
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Como Citar
SUSSUARANA, Adriele Cardoso; RIBEIRO, Adriana Barbosa; SANTOS, Aleson Hernan Morais dos. Do ninho do gozo ao ninho do cuidado: Corpo, teatro e saúde mental. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health, [S. l.], v. 10, n. 25, p. 83–95, 2018. DOI: 10.5007/cbsm.v10i25.69621. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/69621. Acesso em: 21 fev. 2025.
Edição
Seção
3º Fórum de Direitos Humanos e Saúde Mental
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