Saúde mental infantil na atenção básica: concepções e práticas de profissionais médicos e enfermeiros
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Resumo
Atualmente, os números de crianças diagnosticadas com transtornos mentais no Brasil têm crescido em grandes proporções. Assim, objetivou-se conhecer o entendimento e a prática de profissionais médicos e enfermeiros de Unidades de Saúde da Família dos Distritos Sanitários III e VII da cidade do Recife – PE, sobre o cuidado com a saúde mental infantil durante as consultas. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, de caráter exploratório, utilizando para análise dos dados a metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo. Foram entrevistados oito profissionais de quatro equipes de saúde da família. Identificou-se que a abordagem realizada pelos profissionais da Estratégia de Saúde da Família diante sofrimento mental das crianças ainda é fragmentada, influenciada pelo modelo biomédico, com práticas curativas e individuais, o que fragiliza as articulações com a rede de atenção psicossocial, tornando-se um desafio para concretização do cuidado. Consideram também como importante o apoio do Núcleo de Apoio à Saúde da Família. É necessário realizar educação permanente para os profissionais da rede de atenção psicossocial, possibilitar apoio matricial, bem como estimular participação de médicos e enfermeiros em fóruns de saúde mental, além de oferecer suporte da gestão de saúde mental dos distritos sanitários nas unidades de saúde.
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Como Citar
DUARTE, Wellington Bruno Araujo; SILVA, Monica Cibele Felix da; ACIOLI, Moab Duarte. Saúde mental infantil na atenção básica: concepções e práticas de profissionais médicos e enfermeiros. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health, [S. l.], v. 12, n. 31, p. 287–311, 2020. DOI: 10.5007/cbsm.v12i31.69784. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/69784. Acesso em: 17 fev. 2025.
Seção
ATENÇÃO PSICOSSOCIAL A CRIANÇAS E ADOLESCENTES
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