SÍNDROME METABÓLICA EM PESSOAS COM ESQUIZOFRENIA REFRATÁRIA
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Resumo
A esquizofrenia caracteriza-se por sintomas negativos, positivos, cognitivos e comportamentais. No tratamento, utilizam-se medicações antipsicóticas, sendo a clozapina indicada para casos refratários. Trata-se de uma excelente droga, entretanto tem a síndrome metabólica (SM) como um dos principais efeitos adversos. Os pacientes esquizofrênicos já possuem altas taxas de mortalidade associadas principalmente a problemas secundários ao tratamento, como sedentarismo e distúrbios metabólicos. No Centro de Atenção Psicossocial de Maringá-PR, acompanhou-se mensalmente um grupo de portadores de esquizofrenia em uso de clozapina para cuidados relacionados a efeitos adversos. O objetivo da pesquisa foi identificar a ocorrência da SM neste grupo, correlacionando com a intensidade da esquizofrenia e com a dose de tratamento, além do acometimento na qualidade de vida (QL). Aplicaram-se os questionários Brief Psychiatric Rating Scale e Quality of Life Scale, coletados dados antropométricos e analisados exames laboratoriais. Participaram deste estudo transversal 12 adultos, entre 25-60 anos, por quatro encontros. Por análise quantitativa, notou-se predomínio dos homens na psicopatologia estudada e das mulheres na SM. Os sintomas negativos obtiveram maior pontuação, e os maiores escores gerais de psicopatologia correspondem aos pacientes que ingerem maiores doses do medicamento. Observa-se que a SM foi caracterizada principalmente por maior circunferência abdominal e triglicerídeos, independente da dose medicamentosa. Por fim, a QL é notória na interação familiar e com o entrevistador, sendo deficitária nos âmbitos laboral e afetivo-sexual. Foram realizados psicoeducação e encaminhamento clínico necessário, além de estimulado o convívio interpessoal entre os membros do grupo.
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Como Citar
RAMOS DA ROCHA, Leonardo; KRULL DOS SANTOS, Bruna Fernanda; JORGE GARCIA, Giovana. SÍNDROME METABÓLICA EM PESSOAS COM ESQUIZOFRENIA REFRATÁRIA. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health, [S. l.], v. 15, n. 46, p. 129–158, 2023. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/70182. Acesso em: 17 abr. 2025.
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