A saúde mental resiste: memórias do trabalho territorial no município do Rio de Janeiro

Conteúdo do artigo principal

Adriana Fonseca
https://orcid.org/0000-0001-9280-0408
Priscilla Borelli Tavares
https://orcid.org/0000-0001-6503-3944
Tiago Lopes Bezerra
https://orcid.org/0000-0003-0030-0188
Rita de Cassia Cavalcante
https://orcid.org/0000-0001-9918-7503
Magda Barreto
https://orcid.org/0000-0001-7588-9674
Matheus Goveia
https://orcid.org/0000-0001-8227-4205

Resumo

O artigo discute o trabalho territorial desenvolvido na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) da cidade do Rio de Janeiro com pessoas em sofrimento psíquico e com problemas decorrentes do consumo de álcool e outras drogas. Através do relato de experiência, trabalhadores de dispositivos da Atenção Básica e da Atenção Psicossocial Estratégica expõem o cotidiano do trabalho territorial em saúde mental, elaborando três núcleos de questões: a primeira, relativa ao desafio de tecer a intrasetorialidade na RAPS; a segunda, o manejo de sofrimentos clínicos e psíquicos graves a partir do encontro entre trabalhadores da saúde, usuários e seus familiares nos domicílios e nas ruas da cidade; e, por fim, o reconhecimento do trabalho territorial na RAPS como um ato ético e político que depende das escolhas realizadas nos serviços e na gestão, as quais são mediadas pelas condições por que passa o Sistema Único de Saúde e seus trabalhadores.

Detalhes do artigo

Como Citar
FONSECA, Adriana; BORELLI TAVARES, Priscilla; LOPES BEZERRA, Tiago; CAVALCANTE , Rita de Cassia; BARRETO, Magda; GOVEIA, Matheus. A saúde mental resiste:: memórias do trabalho territorial no município do Rio de Janeiro. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health, [S. l.], v. 15, n. 44, p. 135–146, 2023. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/80811. Acesso em: 5 nov. 2024.
Seção
Artigos originais

Referências

ALMEIDA, L. M. C. Política de saúde mental no Brasil: o que está em jogo nas mudanças em curso. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro, v. 35, n. 11, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csp/v35n11/1678-4464-csp-35-11-e00129519.pdf. Acesso em: 16 abr. 2021.

AMARANTE, P.; NUNES, M. de O. A reforma psiquiátrica no SUS e a luta por uma sociedade sem manicômios. Ciência & Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, v. 23, n. 6, p. 2067-2074, jun. 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csc/v23n6/1413-8123-csc-23-06-2067.pdf. Acesso em: 17 abr. 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 68, 22 set. 2017. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html. Acesso em: 7 fev. 2020

CHIAVERINI, D. H. et al. Guia prático de matriciamento em saúde mental. Brasilia, DF: Ministério da Saúde; Centro de Estudo e Pesquisa em Saúde Coletiva, 2011. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_matriciamento_saudemental.pdf. Acesso em: 2 fev. 2020.

FERNANDES, Luís. O Sítio das Drogas: etnografia urbana em territórios psicotrópicos. Revista Toxicodependências. Portugal, v. 1, n. 2, p. 22-31, 1995.

GUIMARÃES, T. de A. A.; ROSA, L. C. dos S. A remanicomialização do cuidado em saúde mental no Brasil no período de 2010-2019: análise de uma conjuntura antirreformista. O Social em Questão, Rio de Janeiro, ano 21, n. 44, p. 111-138, mar./ago. 2019. Disponível em: http://osocialemquestao.ser.puc-rio.br/media/OSQ_44_art5.pdf. Acesso em: 16 abr. 2021.

OLIVEIRA, E. F. A. Gastos da política de saúde mental e os rumos da reforma psiquiátrica. 2017. Tese (Doutorado em Política Social) – Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2017. Disponível em: http://repositorio.ufes.br/handle/10/8776. Acesso em: 10 jan. 2020.

RIO DE JANEIRO (Município). Secretaria Municipal de Saúde. Reorganização da Atenção Primária no Município do Rio de Janeiro – Estudo para otimização de recursos. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Saúde; 2018. Disponível em: https://www.abrasco.org.br/site/wp-content/uploads/2018/12/9-projeto-de-reorganização-1.pdf. Acesso em: 17 out. 2019.

ROCHA, A. P.; LIMA, R. de C. C.; FERRUGEM, D. Autoritarismo e guerra às drogas: violência do racismo estrutural e religioso. Revista Katálysis, Florianópolis, v. 24, n. 1, p. 157-167, jan/abr. 2021. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/katalysis/article/view/75331/45918. Acesso em: 16 abr. 2021.

ROTELLI, F.; LEONARDIS, O.; MAURI, D. Desinstitucionalização. São Paulo: Hucitec, 1990.

SAFFER, D. A.; MATTOS, L. V.; MORAES REGO, S. R. Nenhum Serviço de Saúde a Menos: movimentos sociais, novos sujeitos políticos e direito à saúde em tempos de crise no Rio de Janeiro, Brasil. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 44, n. spe 1, p. 147-159, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/sdeb/v44nspe1/0103-1104-sdeb-44-spe01-0147.pdf. Acesso em: 7 fev. 2020.