O efeito da retenção de caixa e investimento na performance operacional de companhias brasileiras exportadoras e domésticas em períodos de crescimento econômico e recessão
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8069.2021.e73580Resumo
O objetivo do trabalho é verificar qual o efeito da retenção de caixa e investimento em ativo imobilizado na performance operacional das empresas brasileiras exportadoras e domésticas listadas na B3, em período de crescimento econômico e recessão econômica brasileira, compreendendo o período de 2005 a 2018. Os achados demonstram que, no período de recessão econômica, as empresas brasileiras exportadoras com maior retenção de caixa e maior investimento em ativo imobilizado apresentaram performance operacional superior às demais empresas que adotaram estratégias distintas de aplicação de recursos. Ainda, as empresas exportadoras mais internacionalizadas, com maior retenção de caixa e investimento em ativo imobilizado obtiveram melhor performance operacional do que as menos internacionalizadas. Como principal contribuição, a pesquisa mostra que não basta exportar para se obter performance operacional superior, mas que a diversificação deve vir acompanhada de estratégias de aplicação de recursos que proporcionem melhores resultados, conforme preconiza a Teoria Visão Baseada em Recursos (VBR).
Referências
Adjei, F. (2011). The effects of cash holdings on corporate performance during a credit crunch: evidence from the sub-prime mortgage crisis. Journal of Economics and Finance, 37(2), 188-199. https://doi.org/10.1007/s12197-011-9177-8
Almeida, H., Campello, M., & Weisbach, M. S. (2004). The cash flow sensitivity of cash. Journal of Finance, 59(4), 1.777-1804. https://doi.org/10.1111/j.1540-6261.2004.00679.x
Appuhami, B.R. (2008). The impact of firms’ capital expenditure on working capital management: an empirical study across industries in Thailand. International Management Review, 4(1), 8-21. Disponível em http://hdl.handle.net/1959.14/130798
Bausch, A., & Krist, M. (2007). The effect of context-related moderators on the internationalization-performance relationship: evidence from meta-analysis. Manag. Int. Rev., 47, 319-347. https://doi.org/10.1007/s11575-007-0019-z
Barney, J. (1991). Firm resources and sustained competitive advantage. Journal of Management, 17(1), 99-120. http://dx.doi.org/10.1177/014920639101700108
Didier, T., Love, I., & Péria, M. S. M. (2008). What Explains Stock Markets’ Vulnerability to the 2007–2008 Crisis? Policy Research Working Paper, 5224. https://doi.org/10.1596/1813-9450-5224
Farhi, M., Prates, D. M., Freitas, M. C. P. D., & Cintra, M. A. M. (2008). A crise e os desafios para a nova arquitetura financeira internacional. Revista de Economia Política, 29(113).
Forti, C. A.B., Peixoto, M. F., & Freitas, S. K. (2011). Retenção de caixa, desempenho operacional e valor: um estudo no mercado de capitais brasileiro. Revista Contabilidade e Organizações, 5(13), 20-33. https://doi.org/10.11606/rco.v5i13.34802
Fresard, L. (2010). Financial strength and product market behavior: the real effects of corporate cash holdings. The Journal of finance, 65(3). https://doi.org/10.1111/j.1540-6261.2010.01562.x
Goh, C.F., & Rasli, A. (2014). CEO duality, board independence, corporate governance and firm performance in family firms: evidence from the manufacturing industry in Malaysia, Asian Business & Management, 13(4), 333-357. http://dx.doi.org/10.1057/abm.2014.4
Hsu, C.C., & Boggs, D.J. (2003). Internationalization and performance: traditional measures and their decomposition. Multinatl. Bus. Rev., 11, 23-50. https://doi.org/10.1016/j.brq.2018.10.006
Jackling, B., & Johl, S. (2009). Board structure and firm performance: evidence from India’ s top companies, Corporate Governance: An International Review, 17(4), 492-509. https://doi.org/10.1111/j.1467-8683.2009.00760.x
Jaisinghani, D., Tandon, D., & Batra, D. K. (2018). Capital expenditure and persistence of firm performance: an empirical study for the Indian automobiles industry. Int. J. Indian Culture and Business Management, 16(1). https://doi.org/10.1504/IJICBM.2018.088595
Jamil, S., Anwar, A., Afzaal, N., Tariq, A., & Asif, M. (2016). Determinants of corporate cash holdings: empirical analysis of Pakistani firms. Journal of Economics and Finance, 7(3), 29-35. DOI: https://doi.org/10.9790/5933-0703032935
Jarallah, S., Saleh, A. S., & Ruhul, S. (2019). Examining pecking order versus trade-off theories of capital structure: New evidence from Japanese firms. Int Fin Econ., 24, 204-211. DOI: https://doi.org/10.1002/ijfe.1657
Jong, G., &Van Houten, J. (2014). The impact of MNE cultural diversity on the internationalization-performance relationship: theory and evidence from European multinational enterprises. Int. Bus. Rev., 23, 313-326. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ibusrev.2013.05.005
Jung, C., Foege, J. N., & Nuesch, S. (May, 2019). Cash for contingencies: how the organizational task environment shapes the cash-performance relationship. Long Range Planning, 101885. https://doi.org/10.1016/j.lrp.2019.05.005
Kahle, K. M., & Stulz, R. M. (2013). Access to capital, investment, and financial crisis. Journal of Financial Economics, 110(2), 280-299. https://doi.org/10.1016/j.jfineco.2013.02.014
Lee, Y., & Song, K. R. (2010). Financial crisis and corporate cash holdings: Evidence from East Asian firms. Citeseerx, 1-40. DOI https://doi.org/10.1.1.175.6554
Lin, C., Chen, Y., Hsieh, T., & Chien, I. (2019). Internationalization and investment-cash flow sensitivity: Evidence from Taiwan. Asia Pacific Management Review, 24, 154-160. https://doi.org/10.1016/j.apmrv.2018.02.002
Mikkelson, W. H., & Partch, M. M. (2003). Do persistent large cash reserves hinder performance? The Journal of Financial and Quantitative Analysis, 38(2), 275-294. DOI: https://doi.org/10.2307/4126751
Opler, T., Pinkowitz, L., Stulz, R., & Williamson, R. (1999). The determinants and implications of corporate cash holdings. Journal of Financial Economics, 52, 3-46. https://doi.org/10.1016/S0304-405X(99)00003-3
Smietanka, P., Bloom, N., & Mizen, P. (2018). Business investment, cash holding and uncertainty since the great financial crisis. Bank of England - Staff Working Paper, 753.
Ramírez, A., & Tadesse, S. (2009). Corporate cash holdings, uncertainty avoidance, and the multinationality of firms. International Business Review, 18, 387-403. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ibusrev.2009.02.013
Rocca, L. M., & Cambrea, D. R. (2018). The effect of cash holdings on firm performance in large Italian companies. Journal of International Financial Management & Accounting, 30, 30-59. Disponível em DOI: https://doi.org/10.1111/jifm.12090
Ruigrok, W., Amann, W., & Wagner, H. (2007). The internationalization-performance relationship at Swiss firms: a test of the S-shape and extreme degrees of internationalization. Manag. Int. Rev., 47, 349-368. https://doi.org/10.1007/s11575-007-0020-6
Singla, C., & George, R. (2013). Internationalization and performance: a contextual analysis of Indian firms. J. Bus. Res., 66, 2500-2506. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2013.05.041
Tomczyk, D., Lee, J., & Winslow, E. (2013). Entrepreneurs’ personal values, compensation, and high growth firm performance. Journal of Small Business Management, 51(1), 66-82. https://doi.org/10.1111/j.1540-627X.2012.00374.x
Vithessonthi, C. (2016). Capital investment, internationalization, and firm performance: Evidence from Southeast Asian countries. Research in International Business and Finance, 38, 393-403. http://dx.doi.org/10.1016/j.ribaf.2016.04.019
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Direitos Autorais para artigos publicados neste periódico são do autor, com direitos de primeira publicação para a Revista. Em virtude de aparecerem nesta Revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais, de exercício profissional e para gestão pública. A Revista adotou a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional - CC BY NC ND. Esta licença permite acessar, baixar (download), copiar, imprimir, compartilhar, reutilizar e distribuir os artigos desde que com a citação da fonte, atribuindo os devidos créditos de autoria. Nesses casos, nenhuma permissão é necessária por parte dos autores ou dos editores. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou um capítulo de livro).
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.