Comportamento da função do Banco Central do Brasil: Uma análise para o período do sistema de metas de inflação

Autores

  • Richard Schnorrenberger Universidade Federal de Santa Catarina
  • Roberto Meurer Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8085.2013v16n2p33

Resumo

A função de reação do Banco Central expressa as preferências da autoridade monetária em relação aos desvios da inflação à sua meta e ao hiato do produto. O presente trabalho investiga estas preferências e possíveis assimetrias nos objetivos do Banco Central do Brasil durante o período do sistema de metas para inflação, aplicando e estendendo o modelo de Clarida, Galí e Gertler (1999) com abordagem forward-looking. A econometria de séries temporais é empregada como principal ferramenta estatística para obtenção dos resultados. Os resultados indicam que o Banco Central do Brasil tem conduzido uma política monetária com preferências assimétricas em relação aos seus objetivos. O formulador de política monetária é mais sensível à estabilidade de preços, mas também se atenta aos movimentos do hiato do produto e suaviza intertemporalmente a taxa de juros de curto prazo. Ainda, a autoridade monetária reagiu com maior intensidade aos preços dos itens administrados nas gestões de Armínio Fraga e Henrique Meirelles e aos preços livres na gestão de Alexandre Tombini. Foram identificadas oscilações na função de reação em períodos de alta instabilidade financeira, quando ocorrem  aumentos do peso da estabilidade de preços na decisão de política monetária. Por fim, o trabalho encontra indícios de ganhos de potência da política monetária ao longo do regime de metas, convergindo aos resultados de análises do Banco Central do Brasil.

Biografia do Autor

Richard Schnorrenberger, Universidade Federal de Santa Catarina

Graduado em Economia pela UFSC

Roberto Meurer, Universidade Federal de Santa Catarina

Professor do Departamento de Economia da UFSC.

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Publicado

2013-12-01

Edição

Seção

Artigos