Heteorogeneidade estrutural na indústria catarinense

Autores

  • Carolina Silvestre Cândido Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Fernanda Steiner Perin Universidade Federal de Santa Catarina
  • Silvio Antônio Ferraz Cário Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8085.2013v16n2p58

Resumo

Este trabalho tem por objetivo estudar a heterogeneidade estrutural na indústria catarinense em comparação com a indústria brasileira com o propósito de contribuir com estudos sobre a realidade econômica do estado, identificar sua relação com a inovação e verificar a existência de convergência produtiva. A teoria economia cepalina apresenta, através das ideias de Aníbal Pinto, a heterogeneidade estrutural como fruto da geração e difusão desiguais do progresso técnico em uma estrutura produtiva. Esta se expressa na brecha produtiva interna, que significa a coexistência, em uma mesma economia, de estratos produtivos desenvolvidos e com níveis elevados de produtividade do trabalho e estratos produtivos arcaicos com produtividade de trabalho reduzida. Tais geração e difusão desiguais do progresso técnico geram níveis diferenciados de produtividade refletindo em salários e oportunidades desiguais de acesso a informação, conhecimento e outros, fomentando a desigualdade social. Através da análise, do período de 1996 a 2011, de dados de VTI (valor da transformação industrial) dividido pelo PO (pessoal ocupado), obtendo-se a produtividade do trabalho como proxy para heterogeneidade produtiva e estrutural – proposto por IPEA (2011) – e de acordo com a divisão do Boletim da Indústria e do Comércio Exterior – BIC – proposta pela APEX – comprova-se a existência de heterogeneidade estrutural na indústria catarinense e brasileira, sendo a primeira menos heterogênea que a segunda. Tais dados são comparados com o número de empresas que implementaram inovação e com o dispêndio realizado com atividades de inovação, evidencia-se haver um descompasso entre a participação da indústria catarinense na indústria nacional e a realização de atividades de inovação. A inovação na indústria catarinense se concentra na indústria tradicional, grupo industrial menos produtivo, o que evidencia que a inovação não tem resultado em ganhos de produtividade e, sendo assim, não tem sido eficaz em um processo de convergência produtiva.

Biografia do Autor

Carolina Silvestre Cândido, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. PPG em Economia - Av. João Pessoa, 52 - Sala 33B CEP 90040-000 - PORTO ALEGRE – RS. E-mail: carolinascandido@gmail.com .Fone:  (48) 9156-9698

Fernanda Steiner Perin, Universidade Federal de Santa Catarina

Universidade Federal de Santa Catarina. Campus Trindade – CSE – Departamento de Economia Florianópolis/SC - 88040-970. E-mail: fernanda.steinerperin@gmail.com. Fone: (48) 9602-8447

Silvio Antônio Ferraz Cário, Universidade Federal de Santa Catarina

Universidade Federal de Santa Catarina. Campus Trindade – CSE – Departamento de Economia Florianópolis/SC - 88040-970. E-mail: fecario@yahoo.com.br. Fone: (48) 91010-6618

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Publicado

2013-12-01

Edição

Seção

Artigos