Evolução e distribuição dos vínculos formais de trabalho nas mesorregiões de santa catarina entre 2001 e 2017

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8085.2021.e70943

Resumo

Neste estudo analisa-se a evolução dos vínculos formais de trabalho nas seis mesorregiões do estado de Santa Catarina entre 2001 e 2017. No início do presente século o emprego formal cresceu a taxas muito superiores às da força de trabalho ocupada, contribuindo de forma expressiva para a redução da informalidade que havia se expandido na última década do século XX. Com isso, Santa Catarina se situou dentre as unidades da federação com as maiores taxas de emprego formalizado do país. Esta situação se alterou drasticamente após a emergência da crise econômica a partir de 2014, quando houve retração das atividades econômicas, com efeitos diretos sobre o mercado de trabalho em todo o país. Neste novo cenário, as taxas de desemprego voltaram a crescer, particularmente entre 2015 e 2016. Após dois anos de ampliação do desemprego e de desestruturação do mercado formal de trabalho, os registros de 2017 para Santa Catarina indicaram uma retomada das contratações formais, com a geração de 37 mil vínculos formais de trabalho, sem recuperar, todavia, o estoque verificado antes da consolidação da crise econômica nacional em 2014. Essas mudanças se apresentaram de forma distinta nas seis mesorregiões, com flutuações mais expressivas particularmente nas áreas cuja estrutura do emprego está mais assentada nos setores industriais, como são os casos das mesorregiões Norte e Sul catarinenses. Já as regiões do Vale do Itajaí, Oeste e Grande Florianópolis foram as menos afetadas, continuando, por isso, como as responsáveis pelas maiores taxas de crescimento do estoque de vínculos formais de trabalho no estado.

Biografia do Autor

Lauro Mattei, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Professor titular do Departamento de Economia e Relações Internacionais e do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Vicente Loeblein Heinen, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Graduando do curso de Ciências Econômicas na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e bolsista do Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (Necat/UFSC).

Mateus Victor Cassol Fronza, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Graduando do curso de Ciências Econômicas na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e bolsista do Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (Necat/UFSC).

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Publicado

2021-06-18

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Artigos