Ócio, poder e distinção: revisitando Veblen no século XXI

Autores

  • Luiza Karla Castilio Camargos Universidade Federal de Ouro Preto
  • André Mourthé de Oliveira Universidade Federal de Ouro Preto
  • Lázaro Cezar Dias Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8085.2024.e77377

Palavras-chave:

Classe Ociosa, Consumo Conspícuo, Emulação Pecuniária

Resumo

Este artigo revisita a teoria da classe ociosa de Thorstein Veblen, articulando seus conceitos fundadores com dinâmicas
socioeconômicas do século XXI. Mediante abordagem teórico-descritiva, recupera-se o exercício crítico e dedutivo do
autor, problematizando a rigidez de matrizes econômicas que negligenciam dimensões históricas, antropológicas e
psicológicas do consumo. Argumenta-se que a perpetuação de hábitos de distinção e emulação não apenas reforça
hierarquias simbólicas, mas também estrutura desigualdades materiais e padrões de dependência em economias
periféricas, como a brasileira. Conclui-se pela atualidade do pensamento vebleniano para compreender fenômenos
contemporâneos como o consumo mimético, o papel da mídia na difusão de padrões aspiracionais e a crítica à economia
como ciência social desconectada de seu substrato institucional.

Biografia do Autor

Luiza Karla Castilio Camargos, Universidade Federal de Ouro Preto

Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

André Mourthé de Oliveira, Universidade Federal de Ouro Preto

Doutor em Economia e Desenvolvimento pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Lázaro Cezar Dias, Universidade Federal de Santa Maria

Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Ouro Preto. Mestrando em Economia e Desenvolvimento pela Universidade Federal de Santa Maria.

Referências

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Publicado

2025-10-29