Ócio, poder e distinção: revisitando Veblen no século XXI
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8085.2024.e77377Palavras-chave:
Classe Ociosa, Consumo Conspícuo, Emulação PecuniáriaResumo
Este artigo revisita a teoria da classe ociosa de Thorstein Veblen, articulando seus conceitos fundadores com dinâmicas
socioeconômicas do século XXI. Mediante abordagem teórico-descritiva, recupera-se o exercício crítico e dedutivo do
autor, problematizando a rigidez de matrizes econômicas que negligenciam dimensões históricas, antropológicas e
psicológicas do consumo. Argumenta-se que a perpetuação de hábitos de distinção e emulação não apenas reforça
hierarquias simbólicas, mas também estrutura desigualdades materiais e padrões de dependência em economias
periféricas, como a brasileira. Conclui-se pela atualidade do pensamento vebleniano para compreender fenômenos
contemporâneos como o consumo mimético, o papel da mídia na difusão de padrões aspiracionais e a crítica à economia
como ciência social desconectada de seu substrato institucional.
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