Celso Furtado’s “The Economic Growth of Brazil” in three dimensions: history, economy, and horizon of expectation
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8085.2020.e77941Abstract
Objective: This article aims to offer The Economic Growth of Brazil readers a postscript to Celso Furtado’s classic in order to enrich their first reading and provoke some reflections. Methods: The text combines history of ideas and sociology of knowledge as methods of analysis. Results: It argues that The Economic Growth of Brazil brings together three subjects-matters: the economic analysis of the past; the historicization of economic laws; and theory for action. This interposition resulted in original contributions in three domains: in the field of historiography, the characterization of underdevelopment as a particular phenomenon of industrial civilization; in the economic sciences, the proposition of a theory of underdevelopment; and, in the field of interpretations of Brazil, the pattern of excluding economic growth and the role of the regional development for national integration. Conclusions: Finally, it concludes that Furtado intended to build a knowledge about the Brazilian reality which did not present itself as a form of domination.
References
AGARWALA, A. N.; SINGH, S. P. (Org.). A economia do subdesenvolvimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Contraponto, 2010.
ALENCASTRO, L. F. de. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
ANDERSON, P. Modernidade e revolução. Novos estudos CEBRAP, v. 14, p. 2–15, 1986.
ARENA, R. Resenha. In: FURTADO, C.; FURTADO, R. F. d’Aguiar (Org.). Formação Econômica do Brasil: edição comemorativa: 50 anos. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 350–360.
ARRIGHI, G. O longo século XX. Rio de Janeiro, RJ: Contraponto, 1996.
BECKER, B. K.; EGLER, C. A. G. Brasil: uma potência regional na economia-mundo. 4a ed. Rio de Janeiro, RJ: Bertrand Brasil, 2003.
BERMAN, M. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
BIDERMAN, C.; COZAC, L. F. L.; REGO, J. M. (Org.). Conversas com economistas brasileiros. São Paulo: Editora 34, 1996.
BIELSCHOWSKY, R. Formação Econômica do Brasil: uma obra prima do estruturalismo cepalino. In: ARAÚJO, T. P.; VIANNA, S. T. W.; MACAMBIRA, J. (Org.). 50 anos de Formação Econômica do Brasil: ensaios sobre a obra clássica de Celso Furtado. Rio de Janeiro: IPEA, 2009. p. 49–67.
BIELSCHOWSKY, R. Pensamento econômico brasileiro: o ciclo ideológico do desenvolvimentismo. 5. ed. Rio de Janeiro, RJ: Contraponto, 2000.
BOIANOVSKY, M. Between Lévi-Strauss and Braudel: Furtado and the historical-structural method in Latin American political economy. Journal of Economic Methodology, v. 22, n. 4, p. 413–438, 2015.
BRAUDEL, F. Escritos sobre a história. São Paulo, SP: Perspectiva, 1992.
BRESSER-PEREIRA, L. C. Interpretações sobre o Brasil. In: LOUREIRO, M. R. (Org.). 50 anos de Ciência Econômica no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1997. p. 17–69.
CALVINO, I. Por que ler os clássicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
COUTINHO, M. C. A teoria econômica de Celso Furtado: Formação Econômica do Brasil. In: LIMA, M. C.; DAVID, M. D. (Org.). A atualidade do pensamento de Celso Furtado. São Paulo: Francis, 2008. p. 139–159.
D’AGUIAR, R. F. (Org.). Celso Furtado: diários intermitentes, 1937-2002. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
FLORENTINO, M.; FRAGOSO, J. O arcaísmo como projeto: mercado atlântico, sociedade agrária e elite mercantil em uma economia colonial tardia: Rio de Janeiro, c. 1790-c. 1840. Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira, 2001.
FURTADO, C. Formação Econômica do Brasil. 32. ed. São Paulo, SP: Companhia Editora Nacional, 2003.
FURTADO, C. Obra autobiográfica. Edição Definitiva ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.
HOBSBAWM, E. J. Era dos extremos: o breve século XX : 1914-1991. São Paulo, SP: Companhia das Letras, 1995.
IANNI, O. A “redemocratização” de 1946 e as tentativas de reorientação da política econômica. In: SZMRECSÁNYI, T.; GRANZIERA, R. G. (Org.). Getúlio Vargas & a economia contemporânea. 2a ed. São Paulo: Hucitec, 2004. p. 97–111.
KOSELLECK, R. Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto, 2006.
LESTER, A. H. Resenha. In: FURTADO, C.; FURTADO, R. F. d’Aguiar (Org.). Formação Econômica do Brasil: edição comemorativa: 50 anos. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 375–378.
MALLORQUÍN, C. Celso Furtado. In: PERICÁS, L. B.; SECCO, L. F. (Org.). Intérpretes do Brasil: clássicos, rebeldes e renegados. São Paulo: Boitempo, 2014. p. 287–304.
MANTEGA, G. A economia política brasileira. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 1984.
MANTEGA, G. Celso Furtado e o pensamento econômico brasileiro. Revista de Economia Política, v. 9, n. 4, p. 29–37, 1989.
MANTEGA, G.; REGO, J. M. (Org.). Conversas com economistas brasileiros II. São Paulo: Editora 34, 1999.
MARIUTTI, E. B. Colonialismo, imperialismo e desenvolvimento econômico europeu. São Paulo: Aderaldo & Rothschild, 2009.
MELLO, J. M. C. de. Entrevista. In: MANTEGA, G.; RÊGO, J. M. (Org.). Conversas com economistas brasileiros II. São Paulo: Editora 34, 1999.
MELLO, J. M. C. de. O Capitalismo Tardio: contribuição à revisão crítica da formação e do desenvolvimento da economia brasileira. São Paulo, SP: Brasiliense, 1984.
MORAES, A. C. R. Bases da Formação Territorial do Brasil: o território colonial brasileiro no “longo século” XVI. São Paulo, SP: Hucitec, 2000.
MUELLER, H. G. Resenha. In: FURTADO, C.; FURTADO, R. F. d’Aguiar (Org.). Formação Econômica do Brasil: edição comemorativa: 50 anos. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 389–392.
NOVAIS, F. A. Aproximações: estudos de história e historiografia. São Paulo, SP: Editora Cosac Naify, 2005.
NOVAIS, F. A. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial (1777-1808). 6a. ed. São Paulo, SP: Editora Hucitec, 1995.
NOVAIS, F. A. Resenha. Formação Econômica do Brasil: edição comemorativa: 50 anos. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 379–383.
NUNES, R.; BIANCHI, A. M. Duas maneiras de contar a história do pensamento econômico. Revista de economia contemporânea, v. 3, n. 1, 1999.
OLIVEIRA, C. A. B. de. Processo de Industrialização: do capitalismo originário ao atrasado. São Paulo, SP: Ed. UNESP, 2003.
PAULA, J. A. de. Celso Furtado, a história e a historiografia. Cadernos do Desenvolvimento, v. 10, n. 17, p. 144–165, 2015.
PELÁEZ, C. M. História da industrialização brasileira. Rio de Janeiro: APEC Editora, 1972.
POLANYI, K. A Grande Transformação: as origens da nossa época. 2a. ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2012.
PRADO JR., Caio. Formação do Brasil Contemporâneo: colônia. 23. ed. São Paulo, SP: Brasiliense, 2008.
RICUPERO, B. Celso Furtado e o pensamento social brasileiro. In: LIMAS, M. C.; DAVID, M. D. (Org.). A atualidade do pensamento de Celso Furtado. São Paulo: Francis, 2008. p. 19–26.
RODRÍGUEZ, O. O estruturalismo latino-americano. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.
SÁ, P. Resenha. In: FURTADO, C.; FURTADO, R. F. d’Aguiar (Org.). Formação Econômica do Brasil: edição comemorativa: 50 anos. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 361–366.
SACHS, I. Resenha. In: FURTADO, C.; FURTADO, R. F. d"Aguiar (Org.). Formação Econômica do Brasil: edição comemorativa: 50 anos. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 427–431.
SANTOS, F. P. dos. O enfoque histórico-estrutural e a crítica relegada. Textos de Economia, v. 14, n. 1, p. 51–81, 2011.
SANTOS, W. G. dos. O ex-Leviatã brasileiro: do voto disperso ao clientelismo concentrado. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.
SINGER, P. Resenha. In: FURTADO, C.; FURTADO, R. F. d’Aguiar (Org.). Formação Econômica do Brasil: edição comemorativa: 50 anos. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 367–370.
SODRÉ, N. W. Resenha. In: FURTADO, C.; D’AGUIAR, R. F. (Org.). Formação Econômica do Brasil: edição comemorativa: 50 anos. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 347–349.
SUNKEL, O.; PAZ, P. El subdesarrollo latinoamericano y la teoría del desarrollo. 6. ed. ed. México: Siglo Veintiuno Editores, 1970.
SZMRECSÁNYI, T. Resenha. In: FURTADO, C.; FURTADO, R. F. d’Aguiar (Org.). Formação Econômica do Brasil: edição comemorativa: 50 anos. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 510–518.
TAVARES, M. C. Acumulação de capital e industrialização no Brasil. 3. ed. Campinas, SP: Unicamp, IE, 1998.
TILLY, C. Big structures, large processes, huge comparisons. New York, N. Y.: Russell Sage Foundation, 1984.
VALENTE, M. A. Celso Furtado e os fundamentos de uma economia política republicana. Tese (Doutorado) ed. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política, 2009.
VIEIRA, P. A. A economia-mundo, Portugal e o “Brasil” no longo século XVI (1450-1650). In: VIEIRA, P. A.; FILOMENO, F. A.; VIEIRA, R. de L. (Org.). O Brasil e o capitalismo histórico: passado e presente na análise dos sistemas-mundo. São Paulo, SP: Cultura Acadêmica, 2012. p. 207–264.
VIEIRA, P. A. “Brazil” in the Capitalist World-Economy from 1550 to c. 1800. Review (Fernand Braudel Center), v. 37, n. 1, p. 1–34, 2014. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/90007840. Acesso em: 25 fev. 2020.
VIEIRA, R. de L. A cadeia mercantil do café produzido no Brasil entre 1830 e 1929. O Brasil e o Capitalismo Histórico: Passado e Presente na Análise dos Sistemas-Mundo. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012. p. 265–296.
WÖHLCKE, M. Resenha. In: FURTADO, C.; FURTADO, R. F. d’Aguiar (Org.). Formação Econômica do Brasil: edição comemorativa: 50 anos. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 467–469.
Downloads
Published
Versions
- 2020-12-14 (4)
- 2020-12-15 (3)
- 2020-12-15 (2)
- 2020-12-14 (1)
Issue
Section
License
Os Direitos Autorais para artigos publicados neste periódico são do autor. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais, de exercício profissional e para gestão pública. A Revista adotou a licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. Esta licença permite acessar, baixar (download), compartilhar o conteúdo dos artigos desde que citada a fonte, atribuindo os devidos créditos de autoria.

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
