Produtividade do trabalho na indústria da Argentina e do Brasil entre 2004 e 2015: fatores globais, setoriais e locais
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8085.2021.e78653Resumo
Este trabalho realiza uma análise da variação da produtividade do setor manufatureiro do Brasil e da Argentina ao longo
do período entre 2004 e 2015. Para isso, foi feito a decomposição do crescimento da variável produtividade do trabalho
com o método shift-share. Este método é amplamente emprego em trabalhos que buscam decompor o crescimento de
determinada variável, no presente estudo a decomposição permitiu observar a natureza do crescimento da produtividade
do trabalho segmentados em efeito global, estrutural de cada setor ou efeito especifico do país. Os resultados apontam
que para o Brasil a produtividade se duplicou entre 2004 e 2015 e os efeitos locais do país foram importantes para tal
crescimento. A comparação desses resultados com outros estudos sugere que as melhorias de produtividade naquele
pais podem ter origem em elementos não associados a atividade industrial central. No caso da Argentina, não houve
crescimento sustentável da produtividade no período analisado, questionando o processo de “re-industrializaçao” atribuído por alguns autores a saída do regímen de Convertibilidade cambial e uma nova orientação da política econômica. O crescimento da produtividade do trabalho na Argentina foi baseado no efeito global e setorial.
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