Trabalho e ação: o debate entre Bakunin e Marx e sua contribuição para uma sociologia crítica contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.5007/1980-3532.2010n4p1Resumo
O presente artigo desenvolve uma reflexão sobre a confrontação política e teórica entre Bakunin e Marx, focando suas diferentes concepções de trabalho e revolução. Considera que os estudos de sociologia do trabalho partem de um universo de problemas econômico-filosóficos que tem claros e importantes efeitos políticos, e que as diferenças na interpretação da natureza (econômica, ideológica) do proletariado e do papel a ser desempenhado pelo campesinato derivavam de diferentes conceptualizaçoes de trabalho. Ao retomar o debate clássico entre Karl Marx, que colocava a centralidade no desenvolvimento econômico que geraria a classe revolucionária (o proletariado industrial) e Mikhail Bakunin, que enfatizava a vontade (liberdade) e ação como fatores determinantes do processo revolucionário e entendia que a somente a aliança operário-camponesa poderia levar à liquidação do capitalismo, dentro da Associação Internacional dos Trabalhadores no século XIX, o artigo procura demonstrar que tais diferenças influenciaram no curso da história e nos debates do movimento operário e socialista internacional, além de terem sido fundamentais para a história das teorias sociais e para a formação da classe trabalhadora em todo o mundo. Ao final discute como certos pressupostos fundamentais (definição de trabalho, definição de classes sociais e concepção de história) podem ser determinantes para uma sociologia crítica do trabalho nos dias de hoje.
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