Da representação à participação: uma inflexão entre autores representativistas

Autores

  • Gustavo Venturelli Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

DOI:

https://doi.org/10.5007/1980-3532.2017n17p84

Resumo

Este artigo, dentro do debate mais amplo da teoria democrática, apresenta as ideias de de Pitkin (1967, 2006), Manin (1995, 1997) e Dahl (2005, 2012) sobre o conceito de representação, os princípios do governo representativo e as instituições representativas, respectivamente. Por mais que esses autores tenham se debruçado com afinco sobre esta instância da vida e teoria políticas, trabalhos posteriores dos mesmos apontam para preocupações sobre o que é tratado, usualmente, como seu extremo oposto: a participação. Assim, apresentamos também as contribuições dos autores voltadas à democracia participativa (PITKIN; SCHUMER, 1982), os modos de participação não institucionalizados (MANIN, 2013) e a igualdade política (DAHL, 2006). Constata-se que há uma inflexão da representação à participação por parte desses autores, assim como a literatura da área tem mostrado, também, uma inflexão contrária, isto é, da participação e deliberação em direção à representação, constatada em diversos estudos (ROMÃO, 2011; GURZA LAVALLE; ISUNZA VERA, 2011; AZEVEDO, 2012; LUCHMANN, 2014).

 

Biografia do Autor

Gustavo Venturelli, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Santa Catarina (2016). Atualmente é mestrando do Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política na mesma universidade. Tem interesse na área de Ciência e Teoria Política, em especial em debates relacionados à teoria democrática e estudos sobre as instituições políticas brasileiras (estudos sobre o Legislativo, relações entre Executivo e Legislativo, comissões parlamentares etc.).

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Publicado

2018-10-11

Edição

Seção

Artigos