A história que a história não conta
uma máquina datilográfica na mão e memórias não vividas na cabeça
DOI:
https://doi.org/10.5007/1806-5023.2022.e83636Resumo
O presente artigo tem como proposta refletir sobre como narrativas insurgentes podem contribuir para um desapagamento da cultura afro-diaspórica na contemporaneidade da cena. Para tanto, articula-se a experiência da performance [escrevedor de histórias] edição Quilombolas, tema de pesquisa, com as colaborações da obra Ensinando a transgredir, da escritora estadunidense bell hooks e as reflexões de Sonia Sobral sobre Públicos (espectador), para pensar o status quo colonial das artes da cena, na cidade de Curitiba e expor a necessidade de uma atuação politicamente engajada, apresentando o fenômeno do estilo de dança Passinho, as contribuições das Escolas de Samba e das Comunidades Remanescentes Quilombolas como narrativas insurgentes.
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