A história que a história não conta

uma máquina datilográfica na mão e memórias não vividas na cabeça

Autores

  • Francisco de Assis Gaspar Neto Faculdade de Artes do Paraná, Curitiba, PR
  • Marcel Leandro Szymanski Universidade Estadual do Paraná, PPGArtes, Curitiba, Paraná, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5007/1806-5023.2022.e83636

Resumo

O presente artigo tem como proposta refletir sobre como narrativas insurgentes podem contribuir para um desapagamento da cultura afro-diaspórica na contemporaneidade da cena. Para tanto, articula-se a experiência da performance [escrevedor de histórias] edição Quilombolas, tema de pesquisa, com as colaborações da obra Ensinando a transgredir, da escritora estadunidense bell hooks e as reflexões de Sonia Sobral sobre Públicos (espectador), para pensar o status quo colonial das artes da cena, na cidade de Curitiba e expor a necessidade de uma atuação politicamente engajada, apresentando o fenômeno do estilo de dança Passinho, as contribuições das Escolas de Samba e das Comunidades Remanescentes Quilombolas como narrativas insurgentes.

Biografia do Autor

Francisco de Assis Gaspar Neto, Faculdade de Artes do Paraná, Curitiba, PR

Doutor em Teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) (2016), bolsista do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (agência do fomento CAPES) na Universidade de Lisboa. Mestre em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF) (2005), possui graduação em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) (1993). Professor Adjunto A da Universidade Estadual do Paraná/Faculdade de Artes do Paraná. Tem experiência na área de Artes Cênicas, atuando principalmente nos seguintes temas: teatro, representação teatral e composição.

Marcel Leandro Szymanski, Universidade Estadual do Paraná, PPGArtes, Curitiba, Paraná, Brasil

Mestrando pelo programa de Mestrado Profissional em Artes (PPGARTES) - Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR) Possui graduação em Educação Artística pela Faculdade de Artes do Paraná (2004). Atualmente é artista de artes cênicas mei - sustenido Produções. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Artes

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Publicado

2022-03-28