Entre o trauma e a diplomacia: o memorial da guerra da Coreia e a construção da memória global
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7976.2025.e103719Palavras-chave:
História Global, Memória, Coreia do SulResumo
Este artigo analisa o Memorial da Guerra da Coreia, destacando sua criação após a democratização do país em 1987 e seu papel na política de memória da Coreia do Sul, em conexão com outros países. São discutidas as dimensões epistêmicas, sociais e materiais dessa construção memorial. A análise se aprofunda ao investigar a influência do neoliberalismo na preservação e comercialização da memória, que transforma espaços de reflexão histórica, como o Memorial da Guerra da Coreia, em atrações turísticas. O artigo também aborda como a memória da Guerra da Coreia é tratada internacionalmente, explorando narrativas divergentes em países como os Estados Unidos e Coreia do Norte revelando suas implicações diplomáticas. Um aspecto central que merece maior destaque é a reflexão sobre como a guerra e sua monumentalização são percebidas em outros países envolvidos, especialmente no contexto da Guerra Fria. O artigo oferece uma crítica à interseção entre memória histórica, poder político e economia neoliberal, destacando o uso da história para fins comerciais e diplomáticos. Ao cruzar dados nacionais e internacionais com abordagens teóricas, contribui para uma compreensão mais ampla da construção, manipulação e consumo da memória coletiva em escala global.
Referências
Assmann, A. (2016). Espaços da recordação. Editora Unicamp.
Chartier, É. (1937). Souvenirs de guerre.
Cumings, B. (1990). The Korean War: A history. Modern Library.
Foucault, M. (1969). A Arqueologia do Saber. Éditions Gallimard.
Herman, J. (1992). Trauma and recovery: The aftermath of violence – From domestic abuse to political terror. Basic Books.
Heymann, L. Q. (2005). De “arquivo pessoal” a “patrimônio nacional”: Reflexões acerca da produção de “legados”. Fundação Getúlio Vargas. https://repositorio.fgv.br/server/api/core/bitstreams/800a9a2f-aead-44db-b664-c98458b498e1/content
Hirsch, M. (2012). The generation of postmemory: Writing and visual culture after the Holocaust. Columbia University Press.
Jager, S. M. (2013). Brothers at War: The Unending Conflict in Korea. W. W. Norton & Company.
Koselleck, R. (2006). Futuro passado: Contribuições à semântica dos tempos históricos. Contraponto.
Kwon, H. (2016). The other Cold War. Columbia University Press.
Landsberg, A. (2004). Prosthetic memory: The transformation of American remembrance in the age of mass culture. Columbia University Press.
Latour, B. (2005). Actor-network theory and after. Blackwell Publishing.
Lefebvre, H. (1974). The production of space. Blackwell Publishing.
Moon, S. (2005). Militarized Modernity and Gendered Citizenship in South Korea. Duke; Jstor; DeG.
Nora, P. (1984). LesLieux de Mémoire. La République.1; La Nation.2; Les France.3. Paris: Éd. Gallimard.
Rothberg, M. (2009). Multidirectional memory: Remembering the Holocaust in the age of decolonization. Stanford University Press.
Rousso, H. (1991). The Vichy syndrome: History and memory in France since 1944. Harvard University Press.
Shin, G. W., & Jan, I. H. (2016). Reclaiming the nation: The Korean War, South Korean nationalism, and public opinion. Pacific Affairs, University of British Columbia.
Urry, J. (1990). The tourist gaze. SAGE Publications.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Cecilia Bruno de Carvalho

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A reprodução dos textos editados pela Esboços: histórias em contextos globais é permitida sob Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). Será pedido aos autores que assinem a licença de acesso aberto antes da publicação.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Os autores cedem à revista eletrônica Esboços: histórias em contextos globais (ISSN 2175-7976) os direitos exclusivos de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0).
- Essa licença permite que terceiros final remixem, adaptem e criem a partir do trabalho publicado desde que atribua o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução ou como capítulo de livro).

Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.


