Dominação e modernidade regressiva, call centers e trabalho em Portugal
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7976.2014v22n33p148Resumo
Este artigo aborda o setor dos call centers em Portugal, as suas formas de organização de trabalho no quadro da precariedade como fenómeno generalizado. A construção de consensos capazes de garantir processos de funcionamento em que trabalhadores e trabalhadoras, progressivamente adquirem estatuto de “colaboradores”, tornando mais frágil o seu vínculo formal com as entidades empregadoras, é potenciado pela hegemonia do discurso do mérito individual e da flexibilidade. Por outro lado, a globalização capitalista assegura uma rede de relações em que a origem do capital se encontra desfocada por uma realidade em que o trabalhador se encontra a trabalhar através de empresas intermediárias e onde quem tem o poder real dentro de um call center não é nunca o empregador. Clientes confundem-se com patrões numa confusão de papéis que protege o capital e torna o trabalho mais dependente, retirando-lhe capacidade de luta e transformando o conflito de classes num jogo de sombras.
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Copyright (c) 2019 João Carlos Louçã

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