“O fenômeno Roberta Close” e as “sexualidades periféricas”
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7976.2016v23n35p168Resumo
Em maio de 1984 Roberta Close foi fotografada para a revista Playboy. As fotos de uma transexual nua, em uma revista masculina de circulação nacional, causaram uma comoção erótica no Brasil. Neste artigo, parto do “fenômeno Roberta Close”, como ficou conhecida a repercussão em
torno da aparição da modelo na revista, para problematizar as “sexualidades periféricas” no centro da cena público-midiática em Fortaleza (CE), na década de 1980. Por meio da análise da Playboy e dos jornais O Povo e Diário do Nordeste, estes últimos produzidos na capital cearense, aponto que, o “fenômeno Roberta Close” contribuiu para reorganizar antigas noções acerca das experiências trans (travesti e transexual) na medida em que, através das controvérsias em torno de Roberta Close, a questão trans, e de modo geral, a homossexual, ultrapassou os espaços privados, temporários e periféricos do carnaval, teatro e boate, invadindo o centro da cena público-midiática
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