Associações leigas católicas: novos espaços, práticas religiosas e perspectivas no séc. XX
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7976.2017v24n37p45Resumo
As primeiras décadas do século XX, na Bahia, foram marcadas pelas tentativas de modernização urbana e civilização dos costumes, especialmente na capital. Autoridades políticas e religiosas uniram-se em torno de um projeto de modernização gestado e executado em dois diferentes mandatos do governador José Joaquim Seabra (1912-1916 e 1920-1924). Porém, o recorte temporal foi estendido até 1938 a fim de abarcar algumas mudanças, como a demolição da Igreja da Sé, que, apesar de previstas, só ocorreram na gestão do interventor federal Juracy Magalhães (1931-1937). Nesse contexto, muitas associações leigas foram forçadas a realizar transferências para outras igrejas. Esse artigo trata dos deslocamentos de espaço, as consequentes mudanças nas práticas religiosas dos fiéis e suas perspectivas de continuidade no século XX.
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