Alta nobreza e os limites da soberania régia na Nova Espanha e Brasil, séculos XVI e XVII

Autores

  • Ronald Raminelli UFF

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7976.2023.e94035

Palavras-chave:

Soberania, Nobreza, América

Resumo

O presente artigo recorreu ao conceito de quasi-sovereignty de Laura Benton para analisar como as monarquias espanhola e portuguesa, entre os séculos XVI e XVII, empregavam estratégias muito semelhantes para neutralizar a alta nobreza radicada no Novo Mundo. Os monarcas outorgaram privilégios, mas também criaram mecanismos para erodir a autonomia que esses nobres desfrutavam no ultramar. O presente artigo baseou-se em ampla bibliografia para inventariar não somente os diferentes controles régios, mas também as estratégias empregadas pelos nobres para reagir contra a perda de seu patrimônio material e político. A comparação entre os nobres portugueses e espanhóis permitiu identificar como o controle sobre a nobreza envolvia diferentes instâncias da administração no âmbito imperial e local. As trajetórias demonstram ainda a pressão de diferentes grupos sociais contra os nobres e seus privilégios. A disputa entre o governo imperial, o governo local, os nobres e os diferentes estratos da sociedade demonstram a debilidade da soberania régia no ultramar.

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Publicado

2023-12-22

Como Citar

Raminelli, R. (2023). Alta nobreza e os limites da soberania régia na Nova Espanha e Brasil, séculos XVI e XVII. Esboços: Histórias Em Contextos Globais, 30(54), 277–295. https://doi.org/10.5007/2175-7976.2023.e94035

Edição

Seção

Artigo