Ficar com os espectros: políticas de temporalização da história em um presente fugidio
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7976.2023.e98282Palavras-chave:
Historiografia, Colonialidade, RacialidadeResumo
Esta réplica consiste em uma retomada de questões do artigo “Espectros da colonialidade-racialidade e os tempos plurais do mesmo”, em diálogo com os comentários de María Inés Mudrovcic, Arthur Avila, Ana Paula Silva Santana, André da Silva Ramos, Allan Kardec da Silva Pereira e Marcello Assunção, de modo a problematizar o que chamo de “abertura inclusiva” das historiografias na pluralização de seus sujeitos e objetos. Para tanto, abordo a noção de políticas do tempo como dispositivo de sincronização temporal racializada que normatiza as alteridades dos sujeitos subalternizados para, em seguida, discutir a possibilidade de uma ética da representação histórica como gesto de dessincronização crítica frente à experiência espectral dos passados traumáticos. Por fim, defendo que a colonialidade e a racialidade podem ser compreendidas como espectro, na medida em que ambas designam lógicas que não são facilmente apreendidas pela sincronia, sucessão ou conexão linear entre os tempos de “outrora” e o “agora”.
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