Dois momentos do cosmopolitismo kantiano
DOI:
https://doi.org/10.5007/1677-2954.2020v19n2p193Resumo
Nesse artigo, busco investigar dois momentos da concepção kantiana de cosmopolitismo. Primeiramente, como ela aparece nas Observações sobre o sentimento do belo e do sublime (1764) e, em seguida, como é retomada em Ideia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita (1784). Argumento que nesses dois textos há um nexo entre cosmopolitismo e história e que esse vínculo opera sob o fundo da metafísica especial. Atestada pela ideia especulativa de totalidade, pertencente à cosmologia racional, a articulação entre cosmopolitismo e metafísica especial termina por evocar a teologia racional, devido ao uso que Kant dá à “natureza” como a autora de um plano orientado para realizar a destinação moral da humanidade. Após examinar o estatuto dos argumentos teológicos nas Observações e na Ideia de uma história universal, procuro apontar as diferenças da concepção kantiana de cosmopolitismo nesses dois escritos.
Referências
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