Sintomatologia depressiva em idosos e a influência da atividade física em um programa de extensão

Autores

  • Vanessa Dias Possamai Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Priscilla Cardoso Da Silva Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Amanda Suely Rodriguez de Vargas Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Natanielle Silva Dutra Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Andréa Kruger Gonçalves Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.5007/807-0221.2017v14n27p93

Resumo

O objetivo o estudo foi analisar o efeito de um programa de extensão universitária na sintomatologia depressiva de idosos. Foi um estudo descritivo de intervenção. A amostra foi composta por 71 idosos de ambos os sexos participantes de um programa de extensão com ênfase em atividade física. Os indivíduos foram divididos em grupos de acordo com a faixa etária: G1 -60 a 69 anos (n=27), G2 - 70 a 79 anos (n=34), G3 - 80 anos ou mais (n=10). Utilizou-se o instrumento Geriatric Depression Scale - GDS-15. Os dados foram coletados em dois momentos, no início das atividades (avaliação 1) e após nove meses de intervenção (avaliação 2). Os três grupos reduziram a pontuação do GDS após a intervenção, indicando melhora na sintomatologia depressiva. Os resultados obtidos demonstram o benefício da realização de atividades físicas, especialmente quando realizadas em grupos, sendo um fator positivo na prevenção da depressão em idosos.

Biografia do Autor

Vanessa Dias Possamai, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Mestre em Saúde Coletiva na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Licenciada em Educação Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Acadêmica do curso de Bacharel em Educação Física pela mesma instituição. Atualmente bolsista de extensão/pesquisa do Projeto de extensão universitária CELARI (Centro de Estudos de Lazer e Atividade Física do Idoso) da ESEF/UFRGSl. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Envelhecimento Humano, atuando principalmente nos seguintes temas: promoção da saúde, idoso, aptidão física, qualidade de vida, envelhecimento ativo e atividade física.

Priscilla Cardoso Da Silva, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Bacharel em Fisioterapia pela Universidade Feevale, Licenciada em Educação Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Acadêmica do curso de Especialização em Fisioterapia em Gerontologia pela Universidade Estácio e Acadêmica do curso de Bacharel em Educação Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente bolsista de extensão/pesquisa do Projeto de Extensão Universitário Centro de Estudos de Lazer e Atividade Física do Idoso (CELARI) da ESEFID/UFRGS. Possui experiência nas áreas de Fisioterapia e Educação Física, com ênfase em Envelhecimento Humano, atuando nas questões de reabilitação, promoção de saúde, atividade física, qualidade de vida e educação.

Amanda Suely Rodriguez de Vargas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Mestranda em Saúde Coletiva na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Licenciada em Educação Física pela UFRGS e acadêmica do curso de Bacharelado em Educação Física pela mesma instituição. Atualmente bolsista de extensão/pesquisa do projeto de extensão universitária CELARI - Centro de Estudos de Lazer e Atividade Física do Idoso da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança (ESEFID/UFRGS). Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Envelhecimento Humano, nos seguintes temas: promoção da saúde, idoso, aptidão física, qualidade de vida e atividade física.

Natanielle Silva Dutra, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Acadêmica do Curso de Fisioterapia na instituição de ensino Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com entrada em 2014 e término previsto para 2018 e cursando o 8° semestre do mesmo. Experiência com trabalho funcional e trabalho de equilíbrio com público de idosos, sendo realizadas atividades funcionais para uma melhor movimentação e prevenção de quedas. Além de experiência com atendimento em traumato-ortopedia e musculoesquelética. Interessada em bolsas de pesquisa e extensão para um aprimoramento de diversas áreas.

 

Andréa Kruger Gonçalves, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Possui graduação em Escola Superior de Educação Física pela Universidade Federal de Pelotas (1993), mestrado em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1996) e doutorado em Psicologia pela Universidade de São Paulo (1999). É professora adjunta do curso de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e atua em nível de graduação no curso de Educação Física e em nível de mestrado no curso de Saúde Coletiva. Tem experiência na área do envelhecimento, atuando principalmente nos seguintes temas: promoção da saúde e atividade física, estilos de vida e envelhecimento, aptidão física e qualidade de vida.

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Publicado

2017-12-20