Para além da China: capacidade ociosa e investimento estrangeiro direto nas formações socioespaciais africanas no início do século XXI
DOI:
https://doi.org/10.5007/1982-5153.2020v35n75p43Resumo
O crescimento recente da maior parte das economias africanas levou a produção de numerosas análises que condicionaram o fenômeno em questão ao dinamismo econômico chinês. Contudo, para além da influência evidente do país asiático – que opera na África por meio de acordos bilaterais, empréstimos e diferentes tipos de investimentos – deve-se também levantar quais são as condições especificas das forças produtivas das 54 formações socioespaciais africanas na atualidade. O entendimento dessas especificidades – bem como o das capacidades ociosas dos seus territórios – é o vetor fundamental de direcionamento dos Investimentos Estrangeiros Diretos, os quais revelam a arquitetura de interesses econômicos entre os chefes de Estado africanos e o resto do mundo, para além da China.Referências
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