Características estruturais dos manguezais do rio Mariricu, litoral norte do Estado do Espírito Santo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2177-5230.2022.e82252

Palavras-chave:

Biogeografia, Estuário, Fitossociolagia, Mangue

Resumo

O estuário do rio Mariricu encontra-se no setor 2 do litoral do Espírito Santo segundo Martin et al (1997). Os resultados apresentados a seguir foram obtidos após o tratamento, análise e interpretação dos dados levantados em campo, nos transectos 1, 2 e 3 do rio Mariricu, no que se refere à estrutura vegetal, bem como aos dados tratados em laboratório. A escolha prévia dos pontos para iniciar os transectos foi feita durante a fotointerpretação. Pode-se observar que os manguezais se apresentam de forma exuberante, sobretudo às margens do rio e canais de maré. Quatro espécies de mangue estão presentes no estuário: Rhizophora mangle (L.), Laguncularia racemosa (L.) C.F. Gaertn, Avicennia schaueriana (L.) e Avicennia germinans (L.).

Biografia do Autor

Cláudia Vale, Universidade Federal do Espírito Santo

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal do Espírito Santo (1992), mestrado e doutorado em Geografia Física pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (1999; 2004). Atualmente é professora Associado IV da Universidade Federal do Espírito Santo. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Biogeografia, atuando principalmente nos seguintes temas: biogeografia, geomorfologia costeira com ênfase em estuários tropicais e sistema manguezal, unidades de conservação e Ecologia da Paisagem. É coordenadora do Laboratório de Biogeografia e Paisagem Geográfica. Faz parte da Rede de Monitoramento de Habitats Bentônicos Costeiros, ReBentos, vinculada à Sub-Rede Zonas Costeiras da Rede Clima (MCT) e ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-MC). Compõe o corpo docente do Curso de Pós-graduação em Geografia do Departamento de Geografia da Ufes, ministrando disciplinas e orientando nas áreas acima citadas. É a atual e primeira presidente da Associação Brasileira de Biogeografia - ABBIOGEO (2018-2022).

Referências

CARTER, R. W. An introduction to the physical, ecological and cultural systems of coastlines. In: Coastal Environments. 1988. 616p.

CHAPMAN, V. J. Mangrove biogeography. In: International Symposium on Biology and Management of Mangroves. (Eds.) G.E. Walsh, S.C. Snedaker; H. J. Teas. East-West Center, Honolulu, Hawaii, 1975, p.3-22.

LUGO, A.E.; SNEDAKER, S.C. The ecology of mangroves. Annu. Rev. Ecol. System 5. 1974. p.39-64.

MACNAE, W. A general account of the fauna e flora of mangrove swamps and forests in the Indo-West Pacific region. Adv. Mar. Bio., 6, 1968. 73-270.

SCHAEFFER-NOVELLI, Y.; CINTRÓN-MOLERO, G. 1986. Guia para estudo de áreas de Manguezal. Estrutura, função e flora. Caribbean Ecological Research, São Paulo, 150p.

SCHAEFFER-NOVELLI, Y.; CINTRÓN-MOLERO, G.; SOARES, M.L.G.; DE-ROSA, M.T. Brazilian Mangroves. Aquat. Ecosyst. Health Manag. v.3, p.561–570. 2000.

SCHAEFFER-NOVELLI, Y.; VALE, C. C.; CINTRÓN-MOLERO, G. Monitoramento do Ecossistema Manguezal: Estrutura Características Funcionais. In: Alexander Turra; Marcia Denadai. (Org.). Protocolos de campo para o monitoramento de habitats bentônicos costeiros - Rede de Monitoramento de Habitats Bentônicos Costeiros - ReBentos. 1ed. São Paulo – SP: Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo. v. 1, p. 59-76. 2015.

SEMINIUK, V. Mangrove zonation along an eroding coastline in King Sound North-Western Australian. Blakwell Scientific Publication, 1980. pp.789-812.

SUGUIO, K. Introdução à sedimentologia. EDUSP: São Paulo. 1973. 317p.

THOM, B. G. Mangrove ecology: a geomorphological perspective. In: CLOUGH, B. F. Mangrove ecosystems in Australia: structure, function and management. Australian National University Press, Camberra, p. 3-17. 1982.

THOM, B. G. Coastal landforms and geomorphic processes. In: SNEDAKER, S. C.; SNEDAKER, J. G. (Ed.). The Mangrove Ecosystem: research methods. UNESCO, Paris, 1984. pp. 3-17.

THOM, B. G.; WRIGHT, L. D.; COLEMAN J. M. Mangrove ecology and deltaic- estuarine geomorphology. Cambridge Gulf-Ord River, Western Australia. In: Journal Ecology 63: 1975. pp.203-232.

VALE, C.C. Correlação entre os processos erosivos e sedimentares e o comportamento das espécies vegetais dos manguezais da foz do rio São Mateus, litoral norte do Estado do Espírito Santo. GEOUSP - Espaço e Tempo. São Paulo, Nº 27, 2010. pp. 113-134.

VALE, C. C. Ambientes geomórficos do estuário do rio Benevente, Espírito Santo, e o desenvolvimento dos manguezais. Anais da Academia Cearense de Ciências, v. 2, 2017. pp. 146-154.

WOODROFFE, C.; ROGERS, K.; MACKEE, K.L.; LOVELOCK, C.E.; MENDELSSOHN, I.A.; SAINTILAN, N. Mangrove sedimentation and response to relative sea-level rise. Annual Review of Marine Science. v.8, p.243-266. 2016.

Downloads

Publicado

2022-10-18