Classificação bioclimática da caatinga na zona semiárida da bacia do rio Paraíba – PB

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2177-5230.2022.e83852

Palavras-chave:

Bioclimática, Vegetação, Caatinga

Resumo

Esse artigo tem por objetivo apresentar uma classificação bioclimática, buscando fazer uma associação com as espécies vegetais que possuam maior valor de importância na área. O local de desenvolvimento da pesquisa foi a zona semiárida da bacia do rio Paraíba - PB, com classificações específicas em alguns municípios como: São João do Tigre, Coxixola, São Domingos do Cariri e Caturité. Em termos metodológicos, a pesquisa fez uso de diferentes métodos e técnicas, sendo as principais a classificação bioclimática proposta por Cámara et. al. (2004), e os inventários de vegetação usando a proposta de Cámera (2013). As imagens de satélite utilizadas foram do sensor Landsat TM, bem como as do GEOEye, sensor de alta resolução, sendo a classificação desenvolvida no ArcGis 10 e Idrisi Kilimanjaro. Os resultados apontam para uma condição bioclimática da vegetação tropophyllo semiárido na maior parte da zona semiárida da bacia e mesófilo úmido em pontos específicos, sobretudo nas partes mais altas dos Inselbergs. É importante destacar o intenso uso do solo por atividades agrícolas, caprinocultura e o avanço das áreas urbanas, colaborando decisivamente para o atual quadro ambiental.

Biografia do Autor

Valéria Raquel Porto de Lima, Universidade Estadual da Paraíba

Profª Drª do Departamento de Geografia da Universidade Estadual da Paraíba. Lider do grupo de Estudos Geomorfologicos e Hidroecologicos de Ambientes Tropicais - GEGHAT e membro do grupo de Estudos Tropicales y Biogeografia da Universidad de Sevilla - ES. 

 

Bartolomeu Israel de Souza, Universidade Federal da Paraíba

Proº Drº do Departamento de Geociências da Universidade Federal da Paraíba. Lider do Grupo de Estdos do Semiárido.

 

 

Rafael Artigas Cámara, Universidad de Sevilla - ES

Catedrático de Universidad de Sevilla - Departamento de Geografia Física y Análisis Geográfico Refional. Lider del grupo de investigación: Estudios Tropicales y Biogeografia.  

Referências

AB’SABER, A. N. (2003). O Domínio dos Sertões Secos. In: AB’ SABER, A. N. Os Domínios de natureza no Brasil: Potencialidades Paisagísticas. São Paulo: Editorial Ateliê, 2003. p. 83-101.

AB’SABER, A. N. (1977). Espaços ocupados pela expansão dos climas secos na América do Sul, por ocasião dos períodos glaciais quaternários. Instituto de Geografia / USP, São Paulo, (Série Paleoclimas, 3).

ANDRADE-LIMA, D. (1982). Refugios forestales actuales en el noreste de Brasil. En: G.T. Prance, (Ed.), Biológico Diversificación en los trópicos. Colombia University Press, Nueva York, págs. 245-251.

ANDRADE-LIMA, D. (1981). The caatingas dominium. Revista Brasileira de Botânica, Rio de Janeiro Vº 4. p:149 – 153.

ANDRADE-LIMA, D. (1960). Estudos fitogeográficos de Pernambuco. Revta. Arq. Inst. Pesq. Agron. 5:305-341.

AESA - Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba, 2003. Rio Paraíba. http://www.aesa.pb.gov.br/aesa-website/comite-de-bacias/rio-paraiba/ . Acessado em: 03/09/2003.

BERMIDÉZ, F. L.; DÍAS, A. R. (1998). Erosión y Desertificación: Implicaciones Ambientales y Estrategias de Investigación. Papeles de geografía. Universidad de Murcia, Nº28. P.77-89.

CÁMARA, R. (1997). República Dominicana: dinámica del medio físico en la región del Caribe (Geografía física, Sabanas y Litoral) Contribución al conocimiento de la tropicalidad insular. Tesis doctoral. Universidad de Sevilla. https://idus.us.es/handle/11441/85112.

CÁMARA, R. (2004). Escalonamiento Bioclimático, Regímenes Ecodinámicos y Formaciones Vegetales de la Isla de la Española en República Dominicana. Estudios en Biogeografía. Terrassa, España. Servei de Publications de la Universitat de Girona. Págs. 39- 58.

CÁMARA, R.; DÍAS DEL OLMO, F. 2013. Muestreo en transecto de formaciones vegetales de fanerófitos y caméfitos (I): fundamentos metodológicos. Estudios Geográficos. Vol. LXXIV, 274, pp. 67-88. https://doi: 10.3989/estgeogr.201303

CÁMARA, R., DÍAZ DEL OLMO, F., MARTÍNEZ, J.R. 2020. TBRs, a methodology for the multi-scalar cartographic analysis of the distribution of plant formations. Boletín de la Asociación de Geógrafos Españoles. 85, 1–38. https://doi.org/10.21138/bage.2915

CÁMARA, R. SOUZA, B. I. PORTO DE LIMA, R. 2021 Climatic changes and distribution of plant formations in the state of Paraiba, Brazil. Cuadernos de Investigación Geográfica. Nº48.https://doi.org/10.18172/cig.5044

CURTIS, J. T. & R. P. MCINTOSH, 1951. An upland forest continuum in the prairie-forest border region of Wisconsin. Ecology 32(3): 476-496.

FERRAZ, E. M. N.; RODAL, M. J. N.; SAMPAIO, E. V. S. B.; PEREIRA, R. de C. A. (1998). Composição florística em trechos de vegetação de caatinga e brejo de altitude na região do Vale do Pajeú, Pernambuco. Revta brasil. Bot., São Paulo, V.21, n.1, p.7-15.

GENTRY, A. H. (1982) Patterns of Neotropical plant species diversity. Evolutionary Biology 15:1-84.

GENTRY, A. H. Diversity and floristic composition of Neotropical dry forest. In: BULLOCK, S., MEDINA, E. H. A.; MOONEY, H. A (eds.). Tropical deciduous forest ecosystems. Cambridge (UK): Cambridge University Press, 1996. p. 153-188.

MARTIUS, K. P. Von (1996) A viagem de Von Martius: tabulae physiognice: 1840. v. 1. Rio de Janeiro: Index

MONTEIRO DE BURGOS, J.L. y REBOLLAr, J.L.G (1974), Diagramas bioclimáticos. Ministerio de Agricultura. ICONA. Madrid.

OLIVEIRA FILHO, A. T.; JARENKOV, J. A.; RODAL, M. J. N. Floristic relationships of seasonally dry forests of eastern South America based on tree species distribution pattern. In: PENNINGTON, R. T.; LEWIS, G. P.; RATTER, J. A. Neotropical savannas and seasonally dry forests. Boca Raton (EUA): CRC Press, p. 159-190, 2006.

OLIVEIRA P. 1993. The Brazilian Atlantic Rain Forest: An ecological tragedy for Humankind. Global Ecology and Biogeography Letters (39) 1, 30-31.

PENNINGTON, R. T.; PRADO, D. A.; PENDRY, C. Neotropical seasonally dry forests and Pleistocene vegetation changes. J. Biogeogr., v. 27, p. 261-273, 2000.

PORTO DE LIMA, V.R. 2012. Caracterización biogeográfica del bioma de Caatinga en el sector semiárido de la cuenca del río Paraiba, Noreste de Brasil: propuesta de ordenación y gestión de un medio semiárido tropical. Tesis Doctorado en Geografía. Universidad de Sevilla, Sevilla.

PRADO, D. E. Seasonally dry forests of tropical South America: from forgotten ecosystems to a new phytogeographic unit. Edinburgo (UK): J. Bot., v. 57, p. 437-461, 2000.

RIZZINI, C. T. (1997). Tratado de Fitogeografia do Brasil: aspectos ecológicos, sociológicos e florísticos. Edit. Àmbito Cultural, 2ª Edição.

SOUZA, B. I. (2008). Cariri Paraibano: do Silêncio do Lugar à Desertificação. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Geociências. Programa de Pós-Graduação em Geografia, Porto Alegre, RS – BR. 198f.

THORNTHWAITE, C.W., Mather, J.R. 1956. The Water Balance. Drexel Institute of Technology, Laboratory of Climatology 8, 1-104.

THORNTHWAITE, C.W., Mather, J.R. 1957. Instructions and Tables for Computing Potential Evapotranspiration and the Water Balance. Climatology 10, 181-311.

VELOSO, H. P.; RANGEL-FILHO, A. L. R.; LIMA, J. C. A. Classificação da vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro (RJ): IBGE, 1991. 124p.

Downloads

Publicado

2022-10-18