O desafio de transformar a criatividade em inovação: O caso do Rio criativo.

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Vanessa Costa Duffy
Marcelo Silva Ramos

Resumo

O artigo a ser apresentado é fruto de uma pesquisa que teve como objetivo compreender as diferenças e semelhanças, em termos conceituais e práticos, entre o que se define como “criatividade” (ou projetos criativos) e o que se entende por “inovação” (ou projetos inovadores), em organizações voltadas à promoção do empreendedorismo criativo/inovador, tomando como objeto o caso do “Rio Criativo”, uma incubadora de empresas da indústria criativa do Estado do Rio de Janeiro. Buscou-se verificar como tais conceitos são interpretados nessa organização e aplicados em projetos de empreendedorismo criativo/inovador na cidade do Rio de Janeiro, analisando o processo de treinamento, seleção e incubação das empresas escolhidas. A pesquisa foi realizada entre agosto de 2012 e fevereiro de 2013, por meio de uma revisão bibliográfica sobre “criatividade” e “inovação” no Brasil; da análise de documentos sobre o histórico do Rio Criativo e sua metodologia de seleção e incubação de empreendimentos; e da realização de entrevistas em profundidade com profissionais-chave na concepção, implementação e atual gestão da incubadora. Conclui-se, com o estudo, que os conceitos de criatividade e inovação são interpretados de forma subjetiva e aplicados no processo de seleção das empresas segundo a opinião de pareceristas. É possível verificar também a dificuldade que os empreendedores da indústria criativa possuem para planejar seu próprio negócio. O artigo pretende, em última instância, contribuir para a compreensão sobre a definição e aplicação dos conceitos de criatividade e inovação em setores públicos e privados, assim como para entender a dificuldade do empreendedor em transformar criatividade em inovação, melhorando a sua competitividade e sua capacidade de administrar o próprio negócio.

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Seção
Conhecimento na Inovação