Cora Coralina: a Poética do Sabor

Autores

  • Andréa Ferreira Delgado Universidade Federal de Santa Catarina

Resumo

Na cidade de Goiás, as estratégias de enquadramento do passado promovem a simbiose entre a comida-signo, poderoso atrativo para os turistas, e a figura emblemática da cidade: Cora Coralina, doceira e poeta, transformada em mulher-monumento. No entrecruzamento entre memória e gênero, este artigo pretende inventariar a rede de representações tecidas emtorno do ofício de doceira no processo de monumentalização de Cora Coralina: na autobiografia da poeta, no conjunto de discursos que instituíram os marcos biográficos do onumento,na memória subterrânea engendrada pela tradição oral na Cidade de Goiás, na narrativa biográfica produzida no Museu Casa de Cora Coralina. Num segundo momento, vamos percorrer os itinerários da poética do sabor na obra de Cora Coralina e acompanhar como a poeta trabalha a memória a partir do inventário do conjunto de valores, sentidos, sociabilidades e sensibilidades articulado à alimentação.

Biografia do Autor

Andréa Ferreira Delgado, Universidade Federal de Santa Catarina

Possui graduação em História pela Universidade Federal de Santa Maria (1990), mestrado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1994) e doutorado em História pela Universidade Estadual de Campinas (2003). Atualmente é professor adjunto III da Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de História, com ênfase em ensino de história e nos estudos sobre memória na sociedade contemporânea, pesquisando principalmente nos seguintes temas: memória, história escolar, patrimônio, literatura e gênero.

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Publicado

2002-01-01

Como Citar

DELGADO, Andréa Ferreira. Cora Coralina: a Poética do Sabor. Ilha Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 4, n. 1, p. 059–083, 2002. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/article/view/15031. Acesso em: 8 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos