Psiquiatria e Antropologia: Notas sobre um debate inconcluso
Resumo
Durante as últimas décadas, a relação entre antropologia e práticas e saberes de natureza médico-psiquiátricos tem sido redirecionada para a mútua compreensão dos problemas referentes ao campo das “doenças”, como parte dos sistemas simbólicos que orientam culturalmente os modos e as formas das suas manifestações. Este texto explora alguns fatores de natureza sociológica que estariam subjacentes a este fenômeno. Procura também, a partir de um “relato de caso”, abordar o modo como vêm sendo desenvolvidas as políticas de saúde mental dirigidas à comunidade que, a despeito dessas “novas” orientações, preserva uma prática clínica baseada em critérios bio-médicos de avaliação diagnóstica e tratamento, desconsiderando as experiências tanto subjetivas quanto sociais das manifestações mórbidas, que requereriam a re-elaboração narrativa e contextual para se expressarem, ou seja, o domínio das representações e práticas culturais que as determinam.Downloads
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