Psiquiatria e Antropologia: Notas sobre um debate inconcluso

Autores

  • Marina Cardoso Universidade Federal de São Carlos

Resumo

Durante as últimas décadas, a relação entre antropologia e práticas e saberes de natureza médico-psiquiátricos tem sido redirecionada para a mútua compreensão dos problemas  referentes ao campo das “doenças”, como parte dos sistemas simbólicos que orientam culturalmente os modos e as formas das suas manifestações. Este texto explora alguns fatores de natureza sociológica que estariam subjacentes a este fenômeno. Procura também, a partir de um “relato de caso”, abordar o modo como vêm sendo desenvolvidas as políticas de saúde mental dirigidas à comunidade que, a despeito dessas “novas” orientações, preserva uma prática clínica baseada em critérios bio-médicos de avaliação diagnóstica e tratamento, desconsiderando as experiências tanto subjetivas quanto sociais das manifestações mórbidas, que requereriam a re-elaboração narrativa e contextual para se expressarem, ou seja, o domínio das representações e práticas culturais que as determinam.

Biografia do Autor

Marina Cardoso, Universidade Federal de São Carlos

Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais (1980), mestre em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas (1986), e doutora em Antropologia pela Universidade de Londres (1994). Atualmente, é Professora Associada da Universidade Federal de São Carlos-SP, atuando junto ao Departamento de Ciências Sociais e o Programa de Pós Graduação em Antropologia Social. Tem formação, experiência de pesquisa e publicações na área de Antropologia Social, atuando principalmente nos seguintes temas: antropologia da saúde, antropologia da medicina e da psiquiatria, e saúde indígena.

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Publicado

2002-01-01

Como Citar

CARDOSO, Marina. Psiquiatria e Antropologia: Notas sobre um debate inconcluso. Ilha Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 4, n. 1, p. 085–113, 2002. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/article/view/15033. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos