De afinidades a coalizões: uma reflexão sobre a “transpolinização” entre gênero e parentesco em décadas recentes da antropologia
Resumo
Durante as décadas de 70 e 80, houve, no campo da Antropologia, um surgimento de estudos de gênero justamente na época em que os estudos de família e parentesco definhavam. O quase desaparecimento do tema parentesco foi devido, em parte, ao questionamento político e epistemológico das análises clássicas – um questionamento elaborado por, entre outros, pesquisadores feministas. De forma semelhante, a partir da última década, uma nova e dinâmica onda de pesquisas sobre parentesco (agora, redefinido como uma forma de conexão de grande peso emocional e simbólico) é fruto, em grande medida, do investimento de antropólogos influenciados pela teoria feminista. Historiando esse debate, particularmente nas tradições britânica e norte-americana, proponho, neste artigo, olhar para o vaivém entre os dois campos de pesquisa –gênero e parentesco – para pôr em relevo a extrema criatividade de atuais pesquisas que desafiam as fronteiras temáticas e disciplinares.Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2003 Ilha Revista de Antropologia
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Os autores cedem à Ilha – Revista de Antropologia – ISSN 2175-8034 os direitos exclusivos de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição Não Comercial Compartilhar Igual (CC BY-NC-SA) 4.0 International. Esta licença permite que terceiros remixem, adaptem e criem a partir do trabalho publicado, desde que para fins não comerciais, atribuindo o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico desde que adotem a mesma licença, compartilhar igual. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução, ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico, desde que para fins não comerciais e compartilhar igual.