De afinidades a coalizões: uma reflexão sobre a “transpolinização” entre gênero e parentesco em décadas recentes da antropologia

Autores

  • Claudia Fonseca Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo

Durante as décadas de 70 e 80, houve, no campo da Antropologia, um surgimento de estudos de gênero justamente na época em que os estudos de família e parentesco definhavam. O quase desaparecimento do tema parentesco foi devido, em parte, ao questionamento político e epistemológico das análises clássicas – um questionamento elaborado por, entre outros, pesquisadores feministas. De forma semelhante, a partir da última década, uma nova e dinâmica onda de pesquisas sobre parentesco (agora, redefinido como uma forma de conexão de grande peso emocional e simbólico) é fruto, em grande medida, do investimento de antropólogos influenciados pela teoria feminista. Historiando esse debate, particularmente nas tradições britânica e norte-americana, proponho, neste artigo, olhar para o vaivém entre os dois campos de pesquisa –gênero e parentesco – para pôr em relevo a extrema criatividade de atuais pesquisas que desafiam as fronteiras temáticas e disciplinares.

Biografia do Autor

Claudia Fonseca, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Possui graduação em Letras pela University of Kansas (1967),  mestrado em Estudos Orientais pela University of Kansas (1969) , doutorado em Ethnologie pela Université de Nanterre (1993) , doutorado em Sociologia pela Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (1981) , pós-doutorado pela Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (1990) e pós-doutorado pela Universite de Montreal (2001) . Atualmente é Professora titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Antropologia , com ênfase em Antropologia Urbana. Atuando principalmente nos seguintes temas: Antropologia Aplicada, Classes Trabalhadoras, Criancas, Educacao Popular, Organizacao Familiar e Trabalhadores Sem Terra.

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Publicado

2003-01-01

Como Citar

FONSECA, Claudia. De afinidades a coalizões: uma reflexão sobre a “transpolinização” entre gênero e parentesco em décadas recentes da antropologia. Ilha Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 5, n. 2, p. 005–031, 2003. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/article/view/15356. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos