Bonecos da Rua do Porto: performance, mimésis e memória involuntária
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8034.2011v13n1-2p185Resumo
Em Piracicaba, num momento em que a Prefeitura procura preservar a memória da cidade, restaurando monumentos e mobilizando uma geografia do imaginário bandeirante, irrompem em barrancos do rio, às margens da Casa do Povoador, os “bonecos pescadores”. Dos fundos da memória involuntária da cidade, com efeitos de montagem, emergem os bonecos. Seu criador, um barranqueiro, um catador de lixo. Em uma carroça puxada por um cavalo com nome de “Lontra”, “Elias dos Bonecos” reúne e transforma os resíduos de uma enxurrada chamada “progresso”. A ação ritual de povoar os barrancos do rio (“tacavam fogo em cinco, fazia dez no lugar”) retorna com a força de um campo mimético formado por barranqueiros e bonecos,revitalizando barranqueiros em sua determinação de não saírem da Rua doPorto e renovando princípios de reciprocidade a partir dos quais se tecema vida social e as relações com o rio.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores cedem à Ilha – Revista de Antropologia – ISSN 2175-8034 os direitos exclusivos de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição Não Comercial Compartilhar Igual (CC BY-NC-SA) 4.0 International. Esta licença permite que terceiros remixem, adaptem e criem a partir do trabalho publicado, desde que para fins não comerciais, atribuindo o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico desde que adotem a mesma licença, compartilhar igual. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução, ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico, desde que para fins não comerciais e compartilhar igual.