Bonecos da Rua do Porto: performance, mimésis e memória involuntária

Autores

  • John Cowart Dawsey

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8034.2011v13n1-2p185

Resumo

Em Piracicaba, num momento em que a Prefeitura procura preservar a memória da cidade, restaurando monumentos e mobilizando uma geografia do imaginário bandeirante, irrompem em barrancos do rio, às margens da Casa do Povoador, os “bonecos pescadores”. Dos fundos da memória involuntária da cidade, com efeitos de montagem, emergem os bonecos. Seu criador, um barranqueiro, um catador de lixo. Em uma carroça puxada por um cavalo com nome de “Lontra”, “Elias dos Bonecos” reúne e transforma os resíduos de uma enxurrada chamada “progresso”. A ação ritual de povoar os barrancos do rio (“tacavam fogo em cinco, fazia dez no lugar”) retorna com a força de um campo mimético formado por barranqueiros e bonecos,revitalizando barranqueiros em sua determinação de não saírem da Rua doPorto e renovando princípios de reciprocidade a partir dos quais se tecema vida social e as relações com o rio.

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Publicado

2012-12-03

Como Citar

DAWSEY, John Cowart. Bonecos da Rua do Porto: performance, mimésis e memória involuntária. Ilha Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 13, n. 1,2, p. 185–219, 2012. DOI: 10.5007/2175-8034.2011v13n1-2p185. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/article/view/2175-8034.2011v13n1-2p185. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Antropologias em Performance II (primeira parte)